Atualizado às 09h18
“Curitiba gerou Bolsonaro. Curitiba tem o germe do fascismo. Inclusive todas as praticas que desenvolvem. Investigações a sorrelfa e atípicas. Não precisa dizer mais nada. Não é por acaso que os procuradores dizem, por uma falta de cultura, que aplicaram o Código Processual Russo”.
A frase para lá de polêmica é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes dita ontem (8) durante programa Roda Viva, da TV Cultura.
O ministro ainda diz que as acusações contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva eram combinadas entre a acusação, no caso os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e o, agora senador do Paraná , Sergio Moro, o que ele considera muito grave.
“Moro vaza a delação de Palocci entre o primeiro e o segundo turno de 2018. Participa, portanto, do processo. Assume posição a favor da extrema direita”, afirma.
Numa rede social, Moro reagiu. “Não tenho a mesma obsessão por Gilmar Mendes que ele tem por mim. Combati a corrupção e prendi criminosos que saquearam a democracia. Não são muitos que podem dizer o mesmo neste país”, escreveu o ex-juiz da Lava Jato.
Também numa rede social, o deputado federal e ex-chefe da Lava Jato no MPF, Deltan Dallagnol, subiu o tom e respondeu ao ministro Gilmar Mendes.
“Gilmar Mendes nunca respeitou a liturgia do cargo, vedações da lei da magistratura, regras de suspeição, distanciamento dos réus nem compreendeu o papel do combate à corrupção para a preservação da democracia.Enquanto procura falhas na Lava Jato, o ministro tenta coar agulhas, mas engole camelos, votando sistematicamente em favor da absolvição e anulação de sentenças de corruptos, contra os votos técnicos de ministros como Edson Fachin”, diz.
“Finalizo com uma homenagem a Curitiba, capital do meu coração, onde casei com minha esposa e nasceram meus filhos. Nossa cidade é e continuará sendo luz para o país e o mundo. A aversão que alguns tem à bela República de Curitiba é porque o povo paranaense não tem sangue (ou sobrenome) de barata”, completou Deltan.