A vereadora Anice Nagib Gazzaoui (PP), que concorre à reeleição na cidade de Foz do Iguaçu, foi alvo de um mandado de busca e apreensão durante uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (25) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão ligado ao Ministério Público do Paraná (MP). Agentes do Gaeco fizeram buscas tanto na residência da parlamentar quanto no gabinete dela na Câmara Municipal de Foz.
A operação do Gaeco, batizada como Cashback, é resultado da investigação que apura a suposta prática de crime de “rachadinha”, que é a apropriação indevida de parte dos salários de servidores, que teria sido, segundo a apuração do MP, cometida pela vereadora. Um ex-assessor de Anice e um policial federal aposentado também foram alvos da ação do Gaeco. Além da “rachadinha”, o Gaeco apura ainda a suposta prática dos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
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O promotor responsável pelo caso, Tiago Lisboa Mendonça, explicou que a operação deveria ter sido realizada no começo do ano, mas os pedidos judiciais foram negados na 1ª instância. Após recorrer da decisão, a promotoria obteve a autorização do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) para cumprir os mandados judiciais na casa dos investigados e na Câmara Municipal.
Como a vereadora é advogada, toda a ação do Gaeco foi acompanhada por um representante da Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná (OAB-PR). Foram apreendidos aparelhos de telefone, documentos e dinheiro em espécie. O material apreendido será agora periciado e analisado para dar continuidade às investigações.
Por meio de nota, o advogado Elias Mattar Assad, que representa a vereadora, afirmou que a operação “é grave manifestação de evidente perseguição política que sofre a candidata”. O advogado nega a existência de indício de crime e que o TJ do Paraná teria sido induzido a erro.
Assad afirmou que a vereadora Anice Nagib Gazzaoui está à disposição da Justiça e que vai continuar fazendo sua campanha, pois “não tem nada a temer e provará sua inocência”.