Gaeco cumpre busca no gabinete da vereadora Noêmia Rocha, em Curitiba

Atualizado às 09h04

O Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete da vereadora de Curitiba Noemia Rocha (MDB), na Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira (28).

Ao todo, são oito mandados de busca sendo cumpridos — sete em Curitiba e um na cidade de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. A suspeita é de crime de “rachadinha”, quando assessores do gabinete são obrigados a devolver parte do salário.

Além da Câmara, promotores estão cumprindo mandados de busca na casa da vereadora Noêmia e na de assessores parlamentares. A intenção é apreender documentos, celulares, computadores que possam ajudar na investigação.

A denúncia foi feita de forma anônima em 2021, indicando que a vereadora Noêmia Richa estaria praticando “rachadinha” desde pelo menos 2017. Segundo a investigação, os servidores do gabinete dela na Câmara seriam obrigados a repartir os salários com pessoas que prestariam informalmente serviços relacionados ao programa de rádio da parlamentar.

A denúncia informava ainda que ela estaria obrigando os servidores a pagarem contas pessoais dela (boletos, dívidas e despesas variadas, inclusive relacionadas à festa de casamento da filha).

Manifestação — A vereadora Noêmia Rocha ainda não se manifestou sobre a ação do Gaeco.

Por nota, a presidência da Câmara Municipal de Curitiba informou que “foi contatada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que informou a necessidade de cumprir um mandado de busca e apreensão no gabinete da vereadora Noemia Rocha (MDB)”, diz.

E que diante disso, “ofereceu acesso às suas dependências, para fins de cumprimento do mandado. A CMC segue à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e prestar quaisquer esclarecimentos que se façam necessários. A equipe do Gaeco chegou às 6h nas dependências da CMC e deixou o Legislativo às 7h50. Até o momento a CMC não foi comunicada formalmente do motivo da investigação, logo reiteramos à imprensa que isso deve ser buscado junto ao Ministério Público do Paraná”

 

 

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