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Plano secreto projeta Fruet como candidato ao Senado na chapa de Requião

Está sendo mantida a sete chaves a montagem de um plano para viabilizar a candidatura do deputado federal Gustavo Fruet (PDT) ao Senado Federal pela frente de esquerda encabeçada pelo PT de Roberto Requião (PT), pré-candidato ao Governo do Estado, nas eleições de outubro.

O Blog Politicamente apurou com fontes tanto da ala esquerda quanto da direita que este projeto faz parte de um acordo para que o pré-candidato pedetista à presidência da República Ciro Gomes tenha palanque no Paraná. Pelo plano, Requião, com o apoio do PT, poderia abrir palanque para Ciro Gomes num campo de convergência da esquerda. Esta seria a condição do PDT para se aliar ao projeto de Requião no Paraná e ter em Fruet o nome forte para disputa ao Senado.

O roteiro deste plano secreto guardado até agora a sete chaves bate com a negativa dada por Fruet na semana passada ao MDB do Paraná ao ser convidado a voltar ao partido de origem. O pedetista disse que “tem projetos maiores para o futuro e, permanecendo no PDT, terá mais segurança pra atingir seus objetivos”.

Xadrez político – Este movimento de Fruet consolidando uma candidatura convergente do campo da esquerda mexe forte no tabuleiro político do Paraná – não só na disputa pela cadeira ao Senado, mas com reflexos na eleição de 2024.

Isso porque o plano do pedetista unifica a esquerda em torno de um único nome em todo o Estado. Fruet já disputou o Senado em 2010, quando perdeu a segunda vaga por exatos 188.752 ou 1,74% para Requião – justamente a quem espera se aliar na eleição que se avizinha.

Gustavo Fruet tem marca e imagem estadual, é conhecido e não foi testado até o momento em nenhuma das pesquisas eleitorais feitas até agora. Fruet pode ser o novo nome nesta eleição para o Senado Federal – que tem se mostrado bastante animada.

Propaganda – Outro ponto forte nesta candidatura única de convergência da esquerda é o tempo de propaganda de rádio e TV, além do número de inserção na telinha em todo o Estado. Em tese, Fruet na disputa ao Senado disporia de cerca de 2 minutos e meio de tempo de televisão, enquanto que outros candidatos da chamada centro direita teriam de 30 segundos a 1 minuto de propaganda por dia.

O maior tempo numa eventual candidatura ao Senado do campo da centro direita seria do sub judice Fernando Francischini do União Brasil que teria quase 2 minutos de propaganda – quem chegaria mais perto do tempo de exposição que Fruet desfrutaria.

Lula – Para quem torce o nariz e pensa num possível constrangimento da presença de Lula e Fruet no mesmo palanque, basta puxar na memória a eleição de 2012, quando o pedetista ganhou a prefeitura de Curitiba tendo a petista Mirian Gonçalves como vice. Fruet “esqueceu” o papel de destaque que alcançou na CPI do Mensalão, que teve Lula como um dos alvos, e chegou a postar foto e trocar elogios com o petista na época eleitoral.

Reflexos em 2024 – Por consequência, esta costura que está sendo montada vai criar uma força política em Curitiba de reconstrução ou da imagem de Fruet para 2024 — caso não seja eleito ou de fortaleza do nome, caso ganhe, do deputado Goura (PDT) que passaria naturalmente a ter forte apoio da esquerda para disputar a prefeitura de Curitiba em 2024.

Isso significa mais uma dor de cabeça para o atual mandatário Rafael Greca (sem partido) e seu vice Eduardo Pimentel (PSD) – sem contar que Fruet colocaria um elefante entre os “cristais” do gabinete do 3 andar do governador Ratinho Junior (PSD), cuja aposta hoje é no nome do neto do ex-governador Paulo Pimentel.

3 candidatos — 2024, portanto, na amada Curitiba fica com pelo menos três candidaturas viáveis, bem postas, fortes. O primeiro do grupo do atual prefeito, representado por Eduardo Pimentel, o outro encabeçado por Ney Leprevost que na janela partidária trocou o PSD pelo o União Brasil e, por último e não menos importante, Fruet ou Goura no campo da esquerda.

Reação – Ouvido pelo Blog Politicamente, Fruet afirmou que não está articulando essa conversa de candidatura ao Senado na chapa de Requião. “Especulação e parece que é para provocar o tema de aliança”, disse o deputado federal. O Blog entrou em contato com Requião e com a presidente nacional do PT deputada federal Gleisi Hoffmann, mas ambos ainda não retornaram.

Redação:

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