O debate promovido pela Tv Ric Record, na noite de sábado (19), foi marcado, novamente, pelo confronto direto entre Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD). Já era esperado. Principalmente após a divulgação das pesquisas de intenção de voto no 2º turno — com um cenário acirrado entre os candidatos.
O formato do debate, mais solto, com tempo e possibilidade de circular pelo estúdio, sem temas pré-definidos, deu mais dinamismo, mas ao invés de propostas o que predominou foram as trocas de acusações. Em alguns momentos, virou discussão.
O fato de Cristina ter pedido quase uma dezena de direito de resposta, é um indicativo da tensão do debate. Nenhum, deles, aliás foi concedido pelo departamento jurídico da emissora que só deve conceder o direito em caso de afetar a honra pessoal, mas a candidata levantava a mão, requerendo o direito, quando Eduardo questionava sobre as acusações que envolvem Fabiano dos Santos, embora não mencionado pelos candidatos é ex-presidente do partido de Cristina Graeml, foi expulso em 10 de setembro, como noticiado pelo Blog Politicamente –, e Jairo Aparecido Ferreria Filho, vice dela na chapa do PMB.
Cristina, por sua, vez tentou, novamente, colar o PT em Eduardo Pimentel e, desta vez, partiu para cima também de Beto Richa (PSDB). Relembrou os casos de corrupção e disse que o adversário estava no governo tucano quando eclodiu o escândalo. O candidato do PSD insistiu na polêmica do plano de governo de Cristina que trata sobre a diferenciação da cobrança da tarifa de passagem — quem percorrer uma maior distância vai pagar mais caro daquele que andar menos.
A candidata afirmou que o plano de governo prevê um estudo para implantar a ideia da cobrança por km rodado semelhante como é praticado pela empresa Uber, rechaçou que a passagem poderia passar dos R$ 20 e negou aumento da tarifa. Radares, moradores de rua, segurança também foram debatidos, mas sempre com o tom de acusações.
O debate da Ric indica que os últimos dias de campanha serão tensos e as acusações devem se intensificar.