Por Carol Nery
A força-tarefa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) para capturar os suspeitos de metralhar o escritório do advogado criminalista Claudio Dalledone, em Curitiba, com mais de 30 tiros, na madrugada desta quarta-feira (30), terminou com um morto e dois presos. Câmeras de segurança do imóvel registraram quando a dupla chegou em um automóvel Sandero branco, estacionou o carro, atravessou a rua e abriu fogo contra o escritório. Segundo depois retornaram ao carro e deixaram o local.
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu investigação, com apoio de equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), bem como setor de inteligência da Polícia Militar e da Polícia Civil. Enquanto equipes estavam no encalço dos suspeitos, agentes da Polícia Científica realizavam perícia no local.
Suspeito reagiu à abordagem da polícia em residência de SJP
Um dos suspeitos foi encontrado em uma residência no bairro Guatupê, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na tarde de quarta, por conta da placa do veículo usado no ataque. Em entrevista, o major Alves, do Batalhão de Polícia da Rone, o Sandero branco foi encontrado nos fundos da residência, com outra placa. Ele seria fruto de um furto ocorrido em julho deste ano no Centro de Curitiba.
Na casa, os policiais também apreenderam uma pistola de 9 milímetros e dois carregadores alongados, bem como as roupas que usavam na ação e dinheiro. Segundo o major Alves, no momento da aproximação, as equipes foram recebidas com tiros de arma de fogo. Houve confronto e o suspeito foi morto na troca de tiros com a polícia. O homem de 30 anos tem uma extensa ficha criminal, segundo o BPRone, especialmente por crimes de roubo. Eles também seriam faccionados.
Um segundo suspeito foi preso na quarta, em Almirante Tamandaré, na RMC. Ele teria dado suporte à dupla de atiradores em outro veículo, além do Sandero usado na ação.
Além disso, a polícia localizou um terceiro suspeito, que, apesar de ter sido preso como supostos mandante de uma chacina em julho no Prado Velho, na capital — na qual duas pessoas morreram e outras seis ficaram feridas –, este homem de 38 anos foi visto por câmeras de segurança saindo do condomínio onde mora, em Fazenda Rio Grande, na RMC, usando o mesmo Sandero branco usado na ação contra o escritório de advocacia e que foi encontrado com o suspeito morto pela polícia em São José dos Pinhais.
De acordo com a delegada Camila Cecconello, da DHPP, as imagens são das 9h de quarta-feira, poucas horas após o ataque ao escritório do de Dalledone.
“Isso faz acreditar que ele está ligado a esse grupo que cometeu esse atentado. Com certeza está vinculado”, disse a delegada.
A Polícia Civil segue na investigação do caso.