Esfriou e muito a conversa nos bastidores em Brasília da formação da federação “União Progressista”. Imaginava-se uma repaginada de um novo Centrão, com 108 deputados federais e 15 senadores — tornando-se a maior bancada no Congresso Nacional.
A informação vinda da capital federal é que PP e União Brasil devem seguir caminhos distintos. Dentro das duas legendas, a formação da Federação já é vista com pessimismo. Um progressista da alta cúpula resume: “muito cacique para pouco índio. Está difícil conciliar os interesses dos dois partidos”, resumiu.
Um dos motivos para o esfriamento da negociação é a presidência da Câmara Federal — que teria por parte do PP, Arthur Lira, e Elmar Nascimento do lado do União, como os maiores interessados. Outro motivo, seria o temor do PP se agigantar e passar a ditar as regras da Federação.
O presidente nacional do União, Luciano Bivar, parece que já jogou a toalha. Num jantar com deputados do partido, na semana passada, externou que a Federação não deve sair do papel.
Dentro do PP, lideranças atribuem o esfriamento a disputa interna do União Brasil — relatam que o estatuto do “União Progressista” já foi redigido e aguarda um desfecho positivo.