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A insatisfação com o projeto do governo do Paraná que estava só no WhatsApp e na roda de conversa de empresários do Agronegócio, se tornou pública e virou manifestação oficial de entidades ligadas ao setor produtivo.
Minutos depois do Blog Politicamente mostrar esta contrariedade do agro, ainda restrita aos bastidores, começaram a chegar notas oficiais destas entidades representativas.
Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Sociedade Rural do Paraná e também dos Campos Gerais — todos uníssonos criticando o projeto que prevê a taxação sobre operações de produção rural para financiar grande parte do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado do Paraná.
Sem diálogo — Por meio de nota, Ágide Meneguette, Presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, afirma que a entidade se manifesta contrária ao projeto. “A realidade no campo exige respeito e cautela, não pensando em mais custos e sim procurando estímulos para a produção e apoio aos produtores rurais. Em nenhum momento o setor foi ouvido, gerando ainda mais surpresas. Estudo preliminar aponta que o custo total ficaria entre 1.5 e 2 bilhões de reais”, diz um trecho da nota.
E Meneguette finaliza: “Pedimos que, nesse momento, os produtores rurais procurem os deputados estaduais e reforcem o pedido para que tal projeto de Lei não seja aprovado”.
Espanto — Também por nota, a Sociedade Rural do Paraná foi no mesmo tom — dizendo que recebeu com espanto e preocupação a noticia da proposta de taxação sobre operações de produção rural. “Com a força da agropecuária, vimos recentemente o Paraná se tornar a quarta maior economia do Brasil. Porém, agora, somos submetidos sem qualquer tentativa de diálogo, as propostas que serão trampolim para desestimular a produção do estado, além de enfraquecer o homem do campo”.
Em outro trecho da nota, a entidade diz que “Tais medidas nos deixam perplexos e provocam o regresso de avanços conquistados com muito suor ate aqui. Por isso pedimos que o Poder Executivo do Estado reveja o pacote de desvantagens enviado à Alep. Dos nossos deputados, esperamos que votem contra o pacote de medidas e nao compactuem com tamanho retrocesso do Paraná”
Sem discussão — O presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais, Rafael Barros Correia, se mostrou incrédulo e espantado com a notícia sobre o projeto de lei.
“Sem discutir com a sociedade civil ou consultar os representantes do agronegócio, de forma autocrata, o Governo Estadual tenta criar essa aberração, para que o seu orçamento seja positivo”, diz um trecho da nota. “Rogamos para que reflitam, honrem ao mandato que lhes foi outorgado pelo povo, e retirem com urgência esse tema da pauta”, finaliza.