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A tradicional camisa jeans azul de Roberto Requião já estava dobrada na mala e ele finalizava os últimos preparativos para desembarcar no Solidariedade (SD) do Paraná. Os planos foram catalisados após conversas em sua casa com a ex-deputada federal Marília Arraes, que é neta de Miguel Arraes, prima do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, e dirigente nacional do SD.
Tudo parecia muito bem encaminhado e Requião, que, obviamente, não iria como mero coadjuvante, mirava a presidência do partido no Paraná — para desespero do atual ocupante do cargo, o ex-deputado federal e ex-prefeito de Pinhais, Luizão Goulart, que temia perder o comando no Estado.
O Blog Politicamente apurou que dois movimentos políticos foram determinantes para o afastamento definitivo de Requião do Solidariedade. O primeiro deles aconteceu na sexta-feira passada, na casa dele.
Estava marcado um jantar entre Requião e o ex-deputado federal Paulinho da Força — principal cacique do SD. O que Requião não esperava é que Paulinho levasse convidados: Luizão Goulart e outros dirigentes do diretório estadual. Diante dos novos hóspedes, o anfitrião preferiu não tratar sobre presidência do SD e teve que “fazer sala” para as visitas.
Já no dia seguinte, no sábado, veio a gota d’água. Cientes dos interesses e planos de Requião, membros do SD se articularam e promoveram um encontro de Paulinho da Força com o governador Ratinho Junior, que tinha recém chegado ao país após a missão internacional pelos Estados Unidos e Canadá.
Foi a pá de cal que faltava para sepultar os planos políticos de Requião junto ao SD. Ratinho esteve no hotel Victória Villa Curitiba junto com Paulinho da Força, onde participaram do lançamento da Caravana Lidera + no Paraná.
Após o jantar indigesto e a comprovação da proximidade do Solidariedade com o governador Ratinho, Requião resolveu desfazer a mala. Luizão agora pode dormir tranquilo. No entanto, a permanência do ex-senador e governador do Paraná no PT segue como incógnita.