A bolsa de apostas em Brasília aponta para a possibilidade da deputada federal do Paraná, Gleisi Hoffmann, assumir um ministério no governo Lula. Nesta quinta-feira (7), ela se reúne com o presidente Lula para definir o destino político.
Conta uma boa fonte de Brasília, que Gleisi poderá optar entre a Justiça e a Casa Civil. O encontro faz parte do planejamento do presidente da República de promover uma reforma ministerial já em janeiro de 2024 — como uma correção de percurso do governo.
A saída de Flávio Dino da pasta da Justiça é dada como certa, já que ele deve ser nomeado para o Supremo Tribunal Federal. Já o titular da Casa Civil, o ministro Rui Costa, está na mira da reforma. O que se comenta é que ele pode ir para a Petrobras, no lugar de Jean Paul Prates, cuja gestão não estaria agradando Lula.
Como já ocupou a Casa Civil no governo de Dilma Rousseff, as apostas indicam que Gleisi pode retornar ao ministério. Diz a fonte do Blog Politicamente, que para ela seria mais fácil colocar em prática a missão de articular com o Congresso Nacional e fazer a roda do governo girar, na parte administrativa. A interlocução com ministros das Cortes superiores, secretários de segurança de todo o Brasil e com a Polícia Federal, tão necessária para o titular da Justiça, seria uma tarefa mais distante do perfil de Gleisi.
A provável ida dela para a Esplanada dos Ministérios traz reflexos imediatos. O primeiro deles, é a saída da presidência nacional do PT. Lula já estaria estudando nomes para sucedê-la no comando da legenda. Outra provável consequência é na corrida por uma possível vaga ao Senado Federal — através de eleição suplementar que seria convocada pela Justiça eleitoral em caso de cassação do mandato do senador Sergio Moro.
Gleisi já admitiu que estaria disposta à concorrer ao cargo caso haja vacância por ordem da Corte Eleitoral. E aceitando qualquer um dos ministérios, ela abriria mão deste desejo. Imediatamente, dois nomes surgem dentro do PT para disputar internamente a eventual eleição ao Senado: Zeca Dirceu, que apesar de propagar aos quatro cantos a intenção de virar senador, ainda não conseguiu convencer e decolar; o outro é o presidente do PT do Paraná, o deputado Arilson Chiorato que estaria disposto a dar o upgrade na carreira política.