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A Copel fez um Comunicado ao Mercado nesta sexta-feira (16) em que nega que haja qualquer condenação no Tribunal Arbitral, muito menos dívida bilionária reconhecida, decorrente de um rompimento de contrato firmado com um fornecedor em 2013, na gestão do então governador tucano Beto Richa.
O comunicado da estatal é uma resposta à reportagem do Estadão, divulgada nesta semana, que afirmou que a Copel tenta na Justiça a anulação de uma sentença arbitral que impôs uma dívida de R$ 3,2 bilhões.
Depois desta divulgação, deputados de oposição ao governo Ratinho Júnior (PSD) na Assembleia Legislativa ensaiam protocolar um pedido de CPI para apurar este caso. Para isso precisam reunir 18 assinaturas. A notícia já chegou ao Palácio Iguaçu e, segundo um palaciano ouvido pelo Blog Politicamente, o governo considera que não há qualquer irregularidade. Um deputado governista garante que a CPI da Copel não tem possibilidade de vingar. De qualquer maneira, os oposicionistas disparam telefonemas para tentar convencer alguns de seus pares para assinar o pedido de CPI.
A estatal diz no comunicado que o procedimento arbitral teve início no ano de 2015 e que “na defesa dos direitos e interesses da Companhia, a atual administração ingressou com ação anulatória de sentença arbitral que, por tratar de procedimento arbitral sigiloso, tramita sob segredo de justiça”.
Ainda no Comunicado ao Mercado, Copel explica que o valor de R$ 2,966 bilhões é um pedido feito pelo fornecedor e que “desse montante, o valor considerado como ‘perda provável’ e provisionado em 31.12.22 era de R$ 629 milhões”, cita. Ou seja, a estatal avalia que estes R$ 629 milhões é considerado perda provável, com provisão prevista no balanço.
A empresa ainda cita que outros R$ 338 milhões, a Copel acredita que tem chance de perda possível. E o montante de R$ 2,6 bilhões teria chance de perda remota e, por isso, não foi objeto de provisão ou de divulgação em nota explicativa da estatal.
Ao final, o Comunicado ao Mercado, assinado pelo Diretor de Finanças e de Relações com Investidores, Adriano Rudek de Moura, informa que “a Companhia, por intermédio de seus administradores, tem empenhado todos os esforços necessários para defender seus direitos e preservar o melhor interesse da Companhia no âmbito do litígio, tomando todas as medidas cabíveis para tanto”.