Eleição 2024: Ney Leprevost terá o comando do União em Curitiba

Poucas horas antes de se retirar para um período de férias com a família, o deputado federal Felipe Francischini, presidente estadual do União Brasil, bateu o martelo: Ney Leprevost terá o comando do partido em Curitiba e as condições para disputar a tão sonhada cadeira mais importante do Palácio 29 de Março.

A executiva municipal do União Brasil deve reunir todas suas forças curitibanas: os estaduais Tito Barrichello e Flávia Francischini e o federal Matheus Laiola no projeto de consolidação da candidatura própria do União na capital do Estado.

Essa decisão também força o PL, do ex-deputado Paulo Martins a descer do muro. Ou o partido traça uma estratégia de sobrevivência para o Bolsonarismo na cidade ou corre o risco de virar legenda de suporte para garantir tempo de TV para Eduardo Pimentel (PSD) – hipótese que a família Bolsonaro não considera, principalmente o filho 02 Eduardo Bolsonaro.

Enquanto todas as forças dos sistemas Prefeitura, da família Barros e do Governo Ratinho Junior fazem o possível e o impossível para eleger Eduardo Pimentel numa eleição sem concorrentes, o inverno 2023 começa fervendo na capital.

Outras forças e novidades — Além de Ney Leprevost, vão disputar as eleições outros nomes e novidades que serão apresentadas ao eleitor curitibano.

Beto Richa (PSDB) já faz campanha dirigindo pelos bairros da cidade. A maior dificuldade do ex-prefeito e ex-governador é estruturar sua campanha nas 10 regionais da cidade.

Luciano Ducci (PSB), mesmo após longas férias na Itália, oportunidade que casou um dos filhos, garante que não abre mão da disputa. Na Prefeitura, que ainda emprega o núcleo duro de Ducci na secretaria de Governo e em quatro regionais, todos torcem por uma composição com Eduardo Pimentel para evitar o dilema: ele ou eu.

Goura, com o comando do PDT, insiste na tese de candidatura única do campo de esquerda. Gustavo Fruet, que ainda não definiu seu futuro político, não concorda com o aliado.

Partido de Lula — Quem tem trabalhado de forma silenciosa nos bastidores para conquistar a difícil unidade no PT é a deputada federal Carol Dartora. Mas dentro do partido do presidente Lula e da possível pré-candidata Gleisi Hoffmann a cadeira de Sérgio Moro — caso a tão propalada cassação de confirme nas Cortes Eleitorais, Dartora é o único nome que carrega algo novo e atributos fortes dentro das hostes petistas.

A favor, o PT terá o maior tempo de TV para explorar sua trajetória pessoal e política, e as novas ideias para a Curitiba pós-Rafael Greca. PSOL e Rede podem reforçar essa frente que conta com o entusiasmo da vereadora Maria Letícia (PV), que está apostando muito nessa configuração.

No bunker lavajatista, não há consenso: Deltan Dallagnol e Sérgio Moro ainda não chegaram a um acordo. Estão variando entre lançar esposas ou construir um nome alternativo – tese defendida pelo cérebro da articulação política de Moro, o advogado Luís Felipe Cunha.

Por via das dúvidas, o Partido Novo – natural garagem eleitoral do lavajatismo – já lançou a vereadora Indiara Barbosa como pré-candidata, para guardar a vaga.

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