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Elas também estão de olho em 2024

A semana passada em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher terminou com duas conhecidas figuras femininas lançando-se para a disputa pela Prefeitura de Curitiba.

As deputadas estaduais Flavia Francischini (União Brasil) e Maria Victória (PP) se apresentaram, quase que simultaneamente, como postulantes ao cargo. É cedo, obviamente, para qualquer definição política. Mas elas quiseram marcar posição — pelo menos publicamente.

Das hostes femininas despontam outros nomes. Um que vem sendo trabalhado em mais de um cenário é o da também deputada estadual Márcia Huçulak, que vem sendo ventilada, nos bastidores do Centro Cívico, como potencial candidata a vice no pleito que vai decidir o substituto de Rafael Greca (PSD).

Um curioso foi ligar lés com crés para ver qual caminhãozinho está mais carregado daqueles ativos que fatalmente estarão nas mesas de negociação para a eleição do ano que vem.

Quais são os ativos delas? — Flávia traz a “grife Francischini” — que reelegeu o deputado federal Felipe Francischini e, em 2018, deu a Fernando Francischini o título de campeão de votos da história da Assembleia Legislativa. Flávia, que saltou da Câmara Municipal de Curitiba para a Assembleia Legislativa, se colocou como pré-candidata, embora, dentro do União Brasil há quem pense em outros planos para 2024.

O problema da Flávia pode ser a solução para Maria Victória, que não tem qualquer dificuldade dentro do PP — legenda que ela preside no estado. Filha do cacique e habilidoso estrategista político Ricardo Barros, Maria Victória já experimentou, em 2016, a experiência de disputar a Prefeitura de Curitiba. Diante do cenário em 2024, o PP pode lançar ela novamente caso as costuras políticas não se concretizem conforme os interesses de Barros.

Márcia Huçulak, das três, é a novata na política. Mas a ex-secretária de Saúde de Curitiba chegou chegando. Não só foi a deputada mulher mais votada do estado, como obteve o maior número de votos entre todos os postulantes na capital. Fez 75.658 no estado, 57.368 deles em Curitiba — enquanto Flávia fez 16.416 e Maria Victoria, 11.400.

Histórico — A condução da pandemia, os 35 anos de serviço público e o apoio dos servidores municipais, liberados por Greca, explicam a votação. Huçulak aposta no histórico dos prefeitos eleitos com ligação com a máquina pública municipal. Foi assim com Lerner, do Ippuc, depois sucedido por Greca, também do Ippuc. Veio Cassio Taniguchi (outro do Ippcu). Sem ligação com o quadro de funcionário, Beto Richa teve a escorá-lo na vice Luciano Ducci, médico do município. Sobreveio Gustavo Fruet e depois novamente Greca (duas vezes).

A segunda mulher mais votada na capital foi a petista Ana Júlia, com 22.308, que embora não tenha falado, pelo menos publicamente, sobre disputar a prefeitura, pode ser um nome do PT para o pleito — assim como da deputada federal Carol Dartora.

De olho em 2026 — A decisão de quem será o candidato do PT, queira ou não, vai passar pelo crivo da presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, que, ao pensar em 2026, seja para o governo ou para o Senado, terá de contar com um aliado na prefeitura de Curitiba. Portanto, para Gleisi, a disputa pelo comando da capital é estratégica para não ter que depender, exclusivamente, dos resultados, principalmente econômicos, do governo Lula.

Como sempre, o andar da carruagem vai definir o papel que cada um (e uma) terá nas eleições municipais. Pela movimentação, as mulheres prometem força no processo. Se não na cabeça de chapa, ocupando o posto de vice.

 

Foto: Luiz Costa/SMCS

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