Eduardo Pimentel vai a São Paulo em busca do Podemos

Eduardo Pimentel esteve em São Paulo neste fim de semana para costurar o apoio do Podemos para a eleição de 2024 em Curitiba. Foi falar direto com quem manda, no caso a deputada federal Renata Abreu, presidente nacional da legenda.

A reunião aconteceu na casa dela, na capital paulista, e contou também com a presença do presidente da Câmara de Curitiba, o vereador Marcelo Fachinello, que é vice-presidente do diretório municipal.

O Podemos teria sinalizado positivamente e seria uma surpresa o partido não estar na chapa encabeçada por Eduardo Pimentel em 2024. Aliás, o partido agora, internamente, vai buscar um nome competitivo que possa indicar como vice.

A conversa entre Eduardo Pimentel e Podemos já vinha acontecendo há bastante tempo, mas foi intensificada após a cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol. Com o lavajatista inelegível, o Podemos deve cair no colo no candidato do governador Ratinho Junior e do prefeito Rafael Greca.

Mas Renata Abreu ainda espera poder contar com Deltan no Podemos, embora saiba que, após o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, 0 ex-procurador da República foi bastante assediado por caciques partidários e ele pode desembarcar no Partido Novo. De qualquer forma, Renata tenta apaziguar internamente a relação dos diretórios estadual e municipal com Deltan.

Agora não foi só a fala mansa de Eduardo Pimentel que seduziu Renata Abreu. Pragmática, a presidente olha para 2024, mas também mira 2026. O principal objetivo é ampliar a bancada de deputados federais e também se aproximar de Ratinho, que pode pintar como presidenciável.

Direita se movimenta — Outros candidatos da direita também estão atentos ao jogo político e a movimentação das peças no xadrez político de Curitiba. Agora no mês de agosto, o deputado estadual Ney Leprevost deve assumir o comando do diretório do União Brasil de Curitiba e aí inicia a montagem do time para disputar a eleição. Inclusive, diz uma fonte, Ney já estaria buscando nomes para escrever o plano de governo.

Na Assembleia Legislativa, o parlamentar apresentou um projeto de lei que obriga as prefeituras, e aí, obviamente, o foco é Curitiba, a dar transparência aos valores que são pagos para as empresas de radar e também o destino da arrecadação com as multas.

Um olho na Prefs, outro no Senado — Paulo Martins, que assumiu recentemente o PL de Curitiba, é outro que tem feito reuniões e buscando apoio para 2024. Ele tem dito que será a novidade no pleito do ano que vem. Mas, ao mesmo tempo, Martins está de olho no desfecho do processo contra o senador Sergio Moro (União Brasil) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) que pode desencadear uma eleição suplementar ao Senado no Paraná.

Da boca para fora, a classe política diz que a eleição municipal de Curitiba de 2024 está longe, mas nos bastidores todos estão muito atentos, já costurando alianças e de olho nos movimentos dos adversários.

 

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