Chamou a atenção a presença de Eduardo Bolsonaro (PL) próximo a Deltan Dallagnol (Podemos) durante a coletiva feita pelo ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF) no salão verde da Câmara Federal um dia após a cassação do mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O filho do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, fazia parte de um grupo de deputados que faz oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se reuniu em torno de Deltan para apoiá-lo.
Um dos presentes na coletiva disse ao Blog Politicamente que a surpresa não foi ver Eduardo Bolsonaro ali, se mostrando solidário a Deltan, até porque ele já havia feito isso nas redes sociais, a estranheza, disse uma fonte do Blog Politicamente, foi pelo fato do filho do ex-presidente não tentar intervir de alguma forma junto aos ministros nomeados por Bolsonaro no TSE para tentar salvar o agora ex-deputado federal pelo Podemos.
Dos sete ministros que participaram do julgamento no TSE, três foram indicados pelo “Capitão”: Sérgio Banhos e Carlos Horbach para a própria Corte de Contas; e Nunes Marques como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Talvez não evitar a cassação, já que seriam três dos sete votos, mas será que Eduardo Bolsonaro, ou alguém do Bolsonarismo, não poderia pelo menos tentar sensibilizar os julgadores para votar com Deltan e evitar o 7 a 0, ou ainda pedir vista do processo?”, questionou o parlamentar. “Vale aquele ditado popular: rei morto, rei posto”, completou.