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Empresário “dobra aposta” com mais R$ 50 mil e doações a Cristina chegam a quase R$ 1 milhão

Por Carol Nery

O maior doador da campanha de Cristina Graeml (PMB) na corrida pela prefeitura de Curitiba dobrou a aposta na candidata nesta reta final de segundo turno. O empresário Otavio Oscar Fakhoury, de São Paulo, já havia feito a doação de R$ 50 mil e, nos últimos dias, incrementou a campanha da jornalista com mais R$ 50 mil. Até o meio-dia desta sexta-feira (25), o caixa de recursos recebidos para a campanha de Cristina somava líquidos R$ 976.011,09.

Empresário e empresário Otávio Fakhoury (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 

Como noticiado anteriormente pelo Blog Politicamente, Fakhoury é um dos 80 investigados na CPI da Covid (2020). Ele foi indiciado por supostamente financiar a divulgação de fake news sobre a pandemia. Além disso, ele foi citado na apuração sobre um suposto pedido de propina ao Ministério da Saúde pela compra de vacinas, investigada pelos senadores na Comissão Parlamentar.

Até então, Fakhoury era vice-presidente do Instituto Força Brasil e teria sido intermediário da compra de imunizantes entre o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e a empresa Davati Medical Supply.

Conhecido pela proximidade com aliados de Bolsonaro, Fakhoury chegou a ser tesoureiro do antigo PSL — atual União Brasil — em São Paulo. Na época, o diretório paulista tinha o comando do deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Além de Cristina — única candidata contemplada fora de São Paulo — Fakhoury fez doações a outros quatro candidatos: o vereador eleito Rubinho Nunes (União Brasil), que recebeu R$ 200 mil; o ex-candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB), R$ 100 mil; e os vereadores do União Adrilles Jorge (eleito) e Paulo Kogos (não eleito), R$ 50 mil para cada.

“Jamais sofreu ação penal”, diz nota de doador da campanha de Cristina

Por meio de nota ao Blog, na ocasião, o empresário afirmou que as propostas dos candidatos contemplados “estão alinhadas ao conservadorismo” e que o empresário “acredita na importância do processo democrático e na liberdade de expressão”. Afirmou ainda que “jamais sofreu ação penal contra si derivada de qualquer investigação em inquéritos – incluindo a CPI da Covid -, sendo que o inquérito dos atos antidemocráticos foi arquivado sem indiciamento”.

Na época, Cristina Graeml também foi procurada na época pelo Blog, contudo, não quis comentar a questão. Em entrevista ao jornal O Globo, no entanto, Cristina declarou que Fakhoury é um apoiador de sua candidatura e com quem já tinha conversas desde o início da pré-campanha. “Ele foi apoiador de outras campanhas de direita pelo país em outros momentos, e obviamente que eu sabia que eu ia precisar de ajuda. O empresariado local aqui em Curitiba estava muito atrelado ao atual grupo político que comanda a prefeitura e o estado do Paraná”, disse a candidata ao veículo carioca.

As doações têm sido fundamentais para a candidata Cristina Graeml, para bancar os custos com a campanha. Isso porque, por conta de irregularidades com a Justiça Eleitoral, o PMB perdeu o direito ao fundo eleitoral, assim como é de direito a todas as legendas, independentemente da estrutura ou representação.

 

Redação Redação:

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