Um grupo pequeno de deputados estaduais se reuniu novamente no Palácio Iguaçu para tratar sobre a PEC do Orçamento Impositivo. O assunto é o mesmo, mas o anfitrião mudou. Ao invés do governador Ratinho Júnior, desta vez, quem recebeu os deputados foi com o secretario Chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega.
Já é ponto pacífico que a PEC, naqueles moldes que foi apresentada pelo deputado Moacyr Fadel, não vai prosperar. Com os ânimos mais calmos e a lição apreendida, os parlamentares foram buscar um consenso.
Antes disso, porém, conta uma fonte do Blog Politicamente, Fadel teria feito um pedido de regime de urgência de votação desta PEC, mesmo sabendo que não seria aprovado no plenário. Mas rapidamente o próprio Fadel retirou o pedido de urgência.
Diz ainda a fonte, que Ortega teria acenado com uma possibilidade que pode agradar os deputados pró-PEC. Em resumo, o valor das emendas poderia chegar a R$ 5 milhões em emenda neste primeiro ano — mas sem qualquer garantia e compromisso de pagamento nos próximos anos.
O recurso viria de duas fontes: dos cofres do Estado e da economia feita pela Assembleia Legislativa. E, importante, este acordo não valeria para os deputados de oposição.
Hoje a Assembleia garante R$ 3 milhões em emendas para todos os 54 deputados. Os outros R$ 2 milhões seriam custeados pelo governo. Em alguns casos o valor das emendas pode até triplicar, podendo alcançar até R$ 15 milhões contando os recursos destinados a programas em execução do governo e que os deputados assumiriram como “pais” de determinadas obras.
A negociação esta em andamento, sem qualquer compromisso. O tom de exigência baixou e a conversa deve ter novos capítulos que prometem ser amargo para os deputados de oposição que novamente dirão que foram usados pelos governistas para garantir emendas. Aqueles deputados “independentes” que não votam sempre com o governo, mas também não fazem oposição direta também devem ser agraciados com as emendas. São eles: Cristina Silvestri, Mabel Canto, Fábio Oliveira e Denian Couto.