A Mesa Executiva da Assembleia Legislativa está com um abacaxi para descascar nos próximos dias. É preciso responder: qual a Frente Parlamentar sobre o Pedágio no Paraná está valendo, a da oposição ou a governista?
A cobrança foi feita durante a sessão plenária desta segunda-feira (27) do alto da tribuna pelos deputados Delegado Jacovós (PL), Luiz Cláudio Romanelli (PSD) e Arilson Chioratto (PT) — com anuência do 1° vice-presidente, Marcel Micheletto (PL), que prometeu levar o caso ao presidente Ademar Traiano (PSD) para uma solução.
Governo e oposição disputam o comando da Frente Parlamentar do Pedágio. O imbróglio é o seguinte.
Até 31 de dezembro de 2022, valia a Frente Parlamentar até então comandada pelo petista. Reza o regimento interno que uma Frente “não pode exceder o período da legislatura na qual foi criada e, finalizado este prazo e havendo interesse em dar continuidade às suas atividades, deverá ser protocolado novo termo de adesão”.
Acontece que deputados governistas se anteciparam para tomar o comando da Frente Parlamentar que trata do pedágio no Estado. Antes do PT protocolar o requerimento pedindo a continuidade, a base governista protocolou um requerimento indicando a instauração de uma nova frente, cujo objeto é o “acompanhamento dos novos Contratos de Concessão de Pedágio na Legislatura de 2023 a 2026”.
A discussão está posta e vai além do entendimento do regimento interno e da questão jurídica. Neste caso, permeia a articulação política que elegeu, por unanimidade, a atual Mesa Executiva. Conta uma boa fonte, que o presidente Traiano teria se comprometido com Chioratto em manter a Frente Parlamentar sob o comando do petista, em troca dos votos para a eleição da Mesa.
Ele só não sabia dos novos planos do Palácio Iguaçu de querer tomar a rédea da Frente Parlamentar que trata do pedágio no Paraná — que será uma das principais bandeiras do governo paranaense.