Deltan rascunha estratégia e avalia disputar eleição de 26

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) não descarta disputar a eleição de 2026. Aí você pode pensar: “mas ele não está inelegível”? No entendimento do jurídico que atende Deltan, a questão é para lá de discutível. De qualquer forma ele tem uma estratégia e uma oportunidade que pode “cair do céu”. Ou melhor, vir de Brasília.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de fato, cassou em 2022 a candidatura de Deltan e, consequentemente, o mandato de deputado federal, mas a Corte Eleitoral não estendeu a interpretação a uma causa de inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa — por isso, o embate jurídico deve ser travado.

E a estratégia de Deltan se fundamenta exatamente neste ponto e ele está disposto à entrar numa guerra jurídica, chegando aos tribunais superiores, para registrar a candidatura na próxima eleição Geral. O Senado Federal e a Câmara dos Deputados são hoje os principais focos.

Uma pessoa próxima a Deltan conta que a mudança na configuração e no comando do TSE, sob a presidência do ministro André Mendonça, é um dos ápices da estratégia já rascunhada.

Mas uma outra solução pode cair no colo do ex-procurador da República e chefe da Lava Jato no Ministério Público Federal e trazer a tão esperada elegibilidade mais cedo do que ele esperava — e com interferência quase nenhuma do “Embaixador do Novo”. Tramita de forma célere na Câmara Federal um projeto de alteração na Lei da Ficha Limpa — para reduzir a inelegibilidade de oito para dois anos. O recém-eleito presidente, Hugo Motta, já sinalizou ser simpático à ideia. Numa entrevista afirmou que “oito anos de inelegibilidade é um tempo extenso”.

A proposta tem como destinatário principal o ex-presidente Jair Bolsonaro, também inelegível por ordem do TSE, mas a ofensiva dos aliados do Capitão pode beneficiar Deltan, assim como o ex-deputado estadual Fernando Francischini (SD).

Alguns grupos políticos mais antenados já testam o nome de Deltan nas pesquisas internas — principalmente para a disputa na Câmara Alta. Outros vão passar a monitorar a articulação política em Brasília em torno da tentativa de dissecar a Lei da Ficha Limpa — o que beneficiaria muito político “vítima” da inelegibilidade.

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