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Defesa de Appio recorre ao CNJ: “trote não é falsidade ideológica”

Os advogados do juiz federal Eduardo Appio, afastado das funções da 13° Vara Federal de Curitiba por ordem do Tribunal Regional Federal (TRF4), recorreram ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para suspender os efeitos da decisão.

Appio foi afastado depois que uma investigação da Corregedoria do TRF4 apontou que ele teria ligado para João Eduardo Barreto Malucelli, filho do desembargador federal Marcelo Malucelli, e teria feito ameaças. Uma perícia da Polícia Federal apontou “existir muita semelhança entre a voz do interlocutor da ligação telefônica suspeita e a do juiz federal Eduardo Fernando Appio”.

A defesa de Appio é dúbia sobre a autoria da ligação — ora nega que seja a voz do magistrado, ora admite a possibilidade. Mesmo que a ligação tivesse sido feita pelo magistrado, dizem os advogados, “não houve ameaça e [Appio] não estava no exercício da função de juiz”. “Se desse algum tipo de punição, seria uma mera advertência”.

Logo em seguida, negam que Appio tenha feito a ligação, questionam a perícia da PF e sugerem montagem. “Hoje em dia existem programas de computadores, por exemplo, que reproduzem a voz das pessoas, até a imagem”.

No recurso, encaminhado ontem (26) ao corregedor-nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, a defesa ainda levanta suspeitas que a decisão do TRF4 tem relação com aspectos políticos — pelo fato de Eduardo Appio ter iniciado uma análise de eventuais abusos cometidos na Operação Lava Jato.  Os advogados ainda pediram ao CNJ que faça uma correição extraordinária na 13ª Vara Federal.

 

Foto: Reprodução TV Globo

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