Com generoso fundo partidário e um bom tempo de televisão — fatores que servem para impulsionar uma candidatura ou negociar com outras legendas –, o PL do Paraná parece bonito por fora, mas por dentro vive uma crise sem tamanho. O motivo é a presidência do partido — isso a menos de um ano das eleições municipais.
O Blog Politicamente apurou que o deputado federal Vermelho pediu oficialmente ao comando nacional do PL a mudança na presidência do diretório estadual. Gerou, obviamente, uma crise interna. Os deputados federais Fernando Giacobo e Filipe Barros vêm travando uma queda de braço. Giacobo é quem oficialmente preside o PL do Paraná, mas vem perdendo força e vendo suas decisões políticas sendo revogadas pela executiva nacional.
A briga é grande: Giacobo é um aliado antigo do presidente nacional do PL, o Valdemar da Costa Neto, enquanto Filipe Barros é muito próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem voz muito ativa dentro do partido. A disputa agora ganha contornos públicos.
O que algumas fontes do Blog Politicamente comentam é que uma decisão sobre o impasse pode sair numa reunião nesta terça-feira (30), em Brasília. Ninguém arrisca um desfecho e poucos apostam numa composição pacífica.
Independentemente de Giacobo ou Filipe Barros, o PL precisa se definir. Esta guerra interna atrapalha o partido e o plano político dos candidatos a prefeito e vereador na eleição de 2024. Sem falar nos planos pessoais e políticos de Bolsonaro, que tem interesse direto no Paraná — um dos estados que lhe renderam boa votação contra o presidente Lula no pleito de 2022.