Os deputados Renato Freitas (PT) e Ademar Traiano (PSD), este último presidente da Assembleia Legislativa, serão julgados pelo Conselho de Ética da Casa em 2024. Um representou contra o outro no Conselho.
É bem verdade que o processo contra o petista está bem mais adiantado, enquanto que do presidente, só deve começar a tramitar em fevereiro, após o recesso parlamentar. A representação contra Renato Freitas era para ser concluído ontem (11), mas o longo voto da deputada Ana Júlia (PT) provocou mais um pedido de vista. A correligionária de Renato Freitas apresentou parecer pela absolvição sumária do colega petista — divergindo assim do entendimento do relator que propôs aplicação de uma advertência escrita.
Renato responde ao processo no Conselho de Ética por ter chamado o presidente Traiano de corrupto numa das sessões plenárias da Assembleia. O petista, por sua vez, representou na última sexta-feira (8) o presidente da Casa, depois que veio à tona o ANPP (Acordo de Não Persecução Penal) assinado por Ademar Traiano com o Ministério Público do Paraná em que ele confessa ter pedido e recebido propina no valor de R$ 100 mil do empresário Vicente Malucelli, que detinha contrato da TV Assembleia. Além da confissão, o presidente teve de devolver R$ 187 mil aos cofres públicos em troca de não ser denunciado criminalmente.
A representação do petista está na Mesa Executiva que irá encaminhar para o Conselho de Ética. Mas como os trabalhos do Poder Legislativo se encerram nesta terça-feira (12), o caso só vai começar a tramitar em fevereiro. Situação semelhante com as demais representações apresentadas por Renato Freitas contra os deputados Ricardo Arruda (PL), Tito Barrichello (União Brasil) e Soldado Adriano José (PP).