Conselho de Ética elege hoje relator do caso Maria Leticia. Veja os cotados

Está marcado para o início da tarde de hoje, as 14h, a primeira reunião do Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de Curitiba que vai eleger o relator e vice-relator do processo ético disciplinar da vereadora Maria Letícia (PV), que em novembro do ano passado foi presa em flagrante após provocar um acidente no Centro de Curitiba. A suspeita é que ela dirigia embriagada.

O Blog Politicamente apurou que os vereadores que compõem o Conselho despontam como favoritos para relatar este processo contra a vereadora Maria Letícia: o vereador Professor Euler, do MDB, e Rodrigo Reis, do União Brasil. Se nada mudar, um será eleito relator e o outro o vice relator. A partir daí, eles terão prazo de 90 dias para dar um parecer sobre este acidente provocado pela vereadora Maria Letícia — indicando se houve ou não quebra de decoro parlamentar.

O parecer pode ser pelo arquivamento do caso ou pela recomendação de uma punição,  que pode ir de uma simples advertência até a cassação do mandato. A palavra final será dada pelo plenário, ou seja, pelos 38 vereadores

Já existe um movimento na Casa para tentar atenuar uma eventual punição para Maria Letícia. O vereador do PT, Ângelo Vanhoni, estaria já conversando com alguns colegas para impor, por exemplo, uma suspensão de dois meses do mandato da parlamentar. Ao mesmo tempo, já tem vereador falando nos bastidores em cassação de mandato que é o última e mais grave punição.

Explicações — Sem dúvida, este processo no Conselho de Ética será uma oportunidade para a vereadora Maria Letícia se defender, explicar com detalhes o que aconteceu naquela noite em que ela acabou batendo em um carro estacionado no Centro de Curitiba. Num video gravado na rede social, a parlamentar admite que provocou o acidente, mas nega que  tenha ingerido bebida alcóolica e, ao justificar o acidente, diz que estava sob intoxicação medicamentosa decorrente de uma doença chamada neuromielite óptica que pode provocar amnésia, sonolência e confusão mental.

Ao mesmo tempo, Maria Letícia vai poder explicar alguns pontos que ela ainda não enfrentou como, por exemplo, o fato de tentar fugir do local e a recusa em fazer o teste do bafômetro. E também por qual motivo, ela teria desacatado os policiais militares que atenderam a ocorrência inclusive ameaçando chamar o secretário da segurança pública, Hudson Teixeira.

Além da questão legal, que será obviamente analisada no Conselho de Ética, também tem a questão política. Até porque é um julgamento político. E o fato de estarmos em ano eleitoral, pode impactar no desfecho deste caso.

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