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Ratinho Junior já esta na Índia onde inicia mais uma missão internacional do governo que vai em busca de novos negócios e atração de empresas. O retorno deve acontecer no próximo dia 17 e o governador já tem dois compromissos: uma reunião com o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil) e o anúncio da reforma no secretariado.
Comecemos pela conversa com o pré-candidato à prefeitura de Curitiba pelo União Brasil — e um dos principais adversários de Eduardo Pimentel, candidato dos Palácios Iguaçu e 29 de Março, na eleição de outubro. O encontro com Ney ainda será agendado, mas a pauta é a disputa em Curitiba.
Ratinho esteve com Jair Bolsonaro em Brasília e já fechou com o PL o apoio à Eduardo Pimentel — tirando um concorrente do mesmo espectro político. O próximo alvo é Ney Leprevost e o União Brasil. O desejo dos estrategistas do bunker do vice-prefeito é trazer para a capital paranaense o cenário nacional polarizado entre direita e esquerda — entre Lula e Bolsonaro.
Difícil negociação — O PL, que ensaiava uma pré-candidatura em Curitiba, já foi varrido para a aliança liderada e articulada pessoalmente por Ratinho. Internamente, o União Brasil não parece disposto a seguir o mesmo caminho trilhado pelo partido do Capitão. Felipe Francischini, presidente estadual do União, parece estar irredutível.
Internamente, comenta-se que o partido tem plano A e B na eleição que se avizinha: Ney Leprevost e Rosângela Moro. E quase que semanalmente são disparadas mensagens para o mais novo mandachuva do partido, Antonio Rueda, para monitorar possíveis negociações diretamente na capital federal.
Pessoas próximas a Leprevost garantem que a pré-candidatura do deputado estadual está firme e não será abalada — independentemente do teor da conversa com Ratinho Junior. Alguns arriscam que Ney pode até retrucar oferecendo a vice ao PSD na chapa encabeçada pelo União Brasil.
Dança das cadeiras — O outro compromisso de Ratinho pós-Índia é o anúncio de mudanças no 1° escalão do governo. Algumas fontes palacianas acreditam em mexidas pontuais — de secretários de Estado que vão disputar as eleições que se avizinham. Apesar da Justiça Eleitoral prever a descompatibilização, em casos de ocupantes de secretarias, no prazo limite de quatro meses do pleito, o governador deve promover a dança das cadeiras ainda em abril.
As saídas de Eduardo Pimentel, da secretaria das Cidades, e de Marcelo Rangel (Inovação) são certas — assim como a de Valdemar Jorge da pasta do Desenvolvimento Sustentável. Eduardo vai disputar a prefeitura de Curitiba, enquanto que Rangel vai tentar voltar ao comando da prefeitura de Ponta Grossa. Valdemar não é pré-candidato, mas está em stand by no Novo caso a Justiça Eleitoral negue o registro da candidatura de Deltan Dallagnol.
Apostas — Ratinho é quem conduz, pessoalmente, a reforma no time de secretários. Tem ouvido muitos aliados, mas a decisão é dele. Para a pasta das Cidades, o nome mais comentado nos bastidores do Iguaçu é o de Camila Mileke Scucato — atual superintendente executiva do ParanáCidade. Independentemente da confirmação do nome dela, já se sabe que será um mandato tampão, porque em janeiro de 2025 quem vai assumir a secretaria é o atual prefeito de Curitiba, Rafael Greca — acordo já costurado.
Na Sedest, quem deve assumir é Everton Souza que hoje é o chefe do IAT (Instituto Água e Terra) — entidade que deverá ser comandada por José Luiz Scrocaro, que é o atual diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos.
O substituto de Marcelo Rangel ainda é uma incógnita. Alguns palacianos comentam que a secretaria pode até ser incorporada a outra. Existe a possibilidade, confidenciam algumas fontes, de Ratinho mexer também em outras pastas e também em autarquias, independentemente das eleições municipais.
Pelos corredores do Iguaçu, fala-se, por exemplo, em alterações na Sanepar e também na Secretaria de Administração. Ninguém, porém, ficará descoberto. A tendência é que todos caiam para cima.
Com previsão de 24 horas de voo entre Índia e Curitiba, fora as conexões, Ratinho terá tempo suficiente para pensar na reforma do time de secretários e nos argumentos para sensibilizar Ney Leprevost e União Brasil a deixarem a disputa pela prefeitura de Curitiba.