Soou no mínimo estranho um ofício encaminhado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, convidando o Comandante-Geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, para uma reunião na próxima semana.
Fontes do Palácio Iguaçu consideraram sui generis tal documento pelo fato de, simplesmente, ter sido enviado diretamente ao comando da PM sem passar pelo governador Ratinho Junior e pelo secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita.
Tal ofício teria sido encaminhado para todos os Estados da federação convocando os chefes da PM para uma reunião às 10h do dia 23 de novembro no TSE.
O convite, pela origem e destinos, não deixa margem para dúvida. Alexandre de Moraes quer alinhar com os comandantes-gerais ações para coibir ou tentar desestimular as manifestações antidemocráticas que vêm ocorrendo em quase todos os estados.
Nesta manhã de sábado, por exemplo, que se comemora o Dia da Bandeira, duas estradas federais que cortam o Paraná registram protestos de grupos de pessoas que não aceitam o resultado das eleições presidenciais.
O coronel Hudson respondeu ao presidente do TSE, declinando do convite e informando que não mandaria representante.
Em ofício encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, o Comandante-Geral da PM do Paraná informou que “não poderá comparecer por incompatibilidade de agenda, em razão de compromissos institucionais já assumidos anteriormente, não sendo designado representante para participar do evento”, diz Hudson em resposta ao presidente do TSE.
O Blog Politicamente apurou que o Comandante-Geral da PM cumprirá agenda na região Oeste do Paraná bem no dia da reunião do ministro Alexandre de Moraes.