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Com Rosangela na vice, Sergio Moro entra de cabeça na campanha de Ney

A presença de Rosangela Moro como vice na chapa de Ney Leprevost na corrida eleitoral pelo Palácio 29 de Março, anunciada oficialmente nesta segunda-feira (29), coloca o senador Sergio Moro no epicentro da disputa em Curitiba. E, de certa forma, antecipa um embate que pode se repetir em 2026 na sucessão de Ratinho Junior no Governo do Estado. De um lado da trincheira estará Moro e do outro a dupla Rafael Greca e Alexandre Curi. Os três personagens políticos estão de olho no Palácio Iguaçu.

Coloca também como antagonistas os dois principais personagens do lavajatismo — o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo), que declarou apoio à pré-candidatura de Eduardo Pimentel, candidato oficial dos palácios Iguaçu e 29 de Março. Será um bom teste nas urnas para a “República de Curitiba”.

Curitiba, por ser o maior e principal colégio eleitoral do Paraná, é estratégica para os planos de qualquer candidato ao governo em 26. E a costura política que colocou Rosangela como vice de Ney, sugerida por Antonio Rueda, tem como foco a eleição daqui a dois anos. A família Moro é, até aqui, o principal reforço na pré-candidatura de Ney Leprevost — que vai anunciar hoje o apoio do AGIR, se somando ao DC. E diante da escassez de legendas, muito em função da articulação do Iguaçu, a aliança não deve crescer mais que isso.

Ney Leprevost valorizou a entrada de Sergio e Rosangela Moro na campanha. Enalteceu o trabalho de Moro como juiz federal na Lava Jato, ministro da Justiça no governo Bolsonaro, e como senador da República pelo Paraná. Moro vai contribuir com as ideias de segurança pública para o plano de governo de Ney. Uma das ideias é lançar a Agência Anticorrupção de Curitiba. Rosangela deve se dedicar às questões da saúde pública. Mas afirmou que decidiu ser vice para “impedir o avanço do atual governo do PT nas prefeituras municipais”.

Ainda na área da segurança, Ney prometeu, se eleito, transformar a guarda municipal de Curitiba em polícia da cidade. Valorizou os servidores municipais, num aceno ao funcionalismo público e se mostrou otimista ao declarar que vai ganhar a eleição no 1º turno.

Rosangela foi quem menos falou durante a coletiva de imprensa. Leu alguns tópicos que constava nas anotações em cima da mesa e concentrou suas propostas e ideias na área da saúde — tema que converge com a atividade política de Ney Leprevost. “Vemos uma Curitiba linda, relativamente bem cuidada, mas precisamos atender e cuidar dos curitibanos. Precisamos de um SUS mais eficiente, integrado e digitalizado”, disse ela, dando pistas que pode assumir a secretaria da Saúde caso Ney seja eleito.

Saúde aproxima Ney e Rosangela

Esta aliás teria sido uma das costuras feitas antes do anúncio oficial. “O que importa agora é construir um projeto. Não estou na política por cargos, estou aqui por causas”, despistou Rosangela, citando que não pretende se licenciar do mandato de deputada federal por São Paulo durante a eleição. “A saúde já foi sinônimo de qualidade em Curitiba. Hoje temos mais de 200 mil consultas e exames em compasso de espera”, completou Ney, citando ainda que pretende implementar o PAI (Pronto Atendimento Infantil).

Ney e Rosangela Moro estarão juntos novamente na próxima quinta-feira (1º) durante a convenção do União Brasil que vai oficializar a chapa para a disputa pelo Palácio 29 de Março.

Redação:

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