Com um orçamento gordo e um discurso público de que a Itaipu Binacional investir em todos os municípios do Paraná, o diretor-geral Ênio Verri (PT) tem percorrido o trecho e visitando cidades pequenas, médias e grandes do Paraná fechando acordos e despejando recursos.
Estas andanças têm chamado a atenção de analistas políticos que começam a desenhar o xadrez político de 2026 com o nome do petista.
Só nas últimas andanças, Ênio Verri esteve em Londrina, Maringá e na segunda-feira (24) estará em União da Vitória, região Sudoeste do Paraná. No Centro Cívico, a movimentação de Verri já está sendo monitorada e alguns comentam que a agenda do diretor-geral da Usina se assemelha com agenda de pré-candidato.
Na quinta-feira (20), houve, por exemplo, uma reunião na Itaipu para selar um acordo sobre a construção de uma ponte que vai ligar os municípios da Lapa e de São João do Triunfo, ao custo de R$ 1o milhões. Deste montante, a Itaipu vai repassar R$ 9 milhões ainda neste ano e as duas prefeituras vão arcar com a diferença: R$ 500 mil cada uma.
Na semana passada, Verri participou de reunião na cidade de Cornélio Procópio com cerca de 50 prefeitos da região, onde anunciou investimentos da ordem de R$ 7 milhões.
Fontes do PT paranaense não descartam a presença de Ênio Verri na disputa de um cargo majoritário na eleição de 2026 — até mesmo ao governo do Estado. Com ótima relação com o presidente Lula e o aval da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, Verri pode alçar voos maiores em 2026. Este projeto pode ser catapultado se Gleisi conseguir chegar ao Senado Federal numa eventual eleição suplementar, em caso de cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).