Candidato a vereador no Paraná é preso em Cascavel por atos de 8 de janeiro

Por Carol Nery

O candidato a vereador Marcos Geleia Patriota (Novo), que concorre em Céu Azul, no oeste do Paraná, foi preso pela Polícia Federal (PF), na tarde deste sábado (14) em Cascavel, mesma região. Ele almoçava em um restaurante da cidade quando houve a abordagem das autoridades. O candidato foi levado à unidade da PF em Foz do Iguaçu, por volta das 16h20, em viaturas descaracterizadas.

Marcos tinha mandado de prisão preventiva em aberto, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e é investigado pelo crime de associação criminosa, por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Candidato a vereador procurado no Paraná por atos de 8/1 é preso em Cascavel
Candidato a vereador Marcos Pereira (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 

O sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que Marcos Geleia Patriora conseguiu registrar a candidatura à vereança de Céu Azul, apesar da situação na Justiça Federal. O registro da candidatura foi deferido no dia 27 de agosto pelo juiz eleitoral Rodrigo Dufau e Silva, da 118ª Zona Eleitoral de Matelândia. O candidato a vereador apresentou certidões criminais negativas da Justiça Federal de 1º e Estadual de 1º e 2º graus.

Para este pleito. Marcos Geleia Patriota já recebeu do diretório do Novo quatro doações de material de campanha, que somam R$ 684.

Apesar de chamar a atenção, pelo fato de responder à Justiça Federal, uma fonte do Blog Politicamente, que atua na Justiça Eleitoral, conta que o deferimento do registro não se trata de um erro. Isso porque não há condenação definitiva contra Marcos ou decisão colegiada de juízes — que é o que o tornaria inelegível pela Lei da Ficha Limpa, impedindo a participação nas eleições.

Candidato a vereador disse não saber que era alvo de mandado de prisão

Marcos Geleia Patriota disse ao Portal G1, em reportagem antes da prisão, que não sabia que era alvo de um mandado de prisão. Ele afirmou que foi preso em Brasília, em 9 de janeiro – um dia após os ataques às sedes dos 3 Poderes, em Brasília – e solto dez dias depois. Desde então, segundo ele, estava usando tornozeleira eletrônica.

A situação de Marcos Geleia Patriota não é única. Outros dois homens, na mesma situação, com mandados de prisão preventiva em aberto por envolvimento nos atos do 8 de janeiro, têm feito campanha nas ruas como candidatos a vereador nestas eleições de 2024. Pastor Dirlei Paiz (PL) tenta se eleger para a Câmara Municipal de Blumenau, em Santa Catarina, e Locutor Henrique Pimenta (PRTB), no interior de São Paulo, no município de Olímpia.

O Blog Politicamente procurou a direção do Partido Novo no Paraná, para comentar o caso, mas até a publicação desta matéria não respondeu ao questionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

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