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Já chegou ao Palácio Iguaçu o recado, bastante claro e direto, do ex-presidente Jair Bolsonaro. O Capitão só vai participar da eleição em Curitiba se o PL estiver na posição de vice na chapa de Eduardo Pimentel (PSD). Caso contrário, ele não deve pisar na capital paranaense.
Este posicionamento dá força ao nome de Paulo Martins (PL) e, consequentemente, enfraquece e muito o nome da Marilza Dias para a vice — ela que recentemente deixou o cargo de secretária de Meio Ambiente de Curitiba por força da Justiça Eleitoral.
Marilza é o nome preferido pelo time da prefeitura de Curitiba — comandado pela tríade: Rafael Greca, Margarita Sansone e Giovani Gionédis. O alcaide ainda não engoliu o fato de que Paulo Martins o chamou de traidor numa sabatina durante a eleição ao Senado Federal em 2022.
O trio têm resistência à entrada de Bolsonaro na campanha de Eduardo Pimentel. Por mais de uma vez, Greca deu entrevista à imprensa em que deixou claro que tem mais afinidade política com o presidente Lula do que com o Capitão. Bolsonaro sabe disso e também não nutre muita simpatia pelo prefeito de Curitiba.
Poder político — Os estrategistas de Eduardo Pimentel olham e estudam as pesquisas, os trackings, e fazem conta. É fato que Bolsonaro perdeu a força política que tinha. Se em 2022, na eleição presidencial, ele se elegeu com 64% dos votos em Curitiba, hoje ele já não dispõe de todo este potencial político. Obviamente, que ele mantém uma força política importante na capital do Estado, mas já foi maior.
Por ora, a percepção é que não dá para abrir mão de Bolsonaro na campanha, principalmente se o cenário desta pré-campanha se mantiver, qual seja, com diversos pré-candidatos da centro direita na disputa pelo Palácio 29 de Março — tornando a eleição, em tese, mais acirrada.
Bolsonaro deu o recado e por enquanto aguarda as movimentações do Iguaçu. Assim como o PL e Paulo Martins, que segue, por enquanto, dando expediente como assessor especial de Ratinho Junior na ante-sala do gabinete do governador.
Desincompatibilização — Como Paulo Martins é servidor comissionado, ele terá de deixar o cargo no governo até dia 6 de julho, três meses antes da eleição municipal, para participar do pleito. Muito em breve, então, saberemos se Paulo Martins faz parte dos planos para disputar a eleição como candidato a vice-prefeito. Consequentemente, saberemos também se Bolsonaro virá ou não a Curitiba na campanha eleitoral.
A costura política que trouxe o PL para a aliança encabeçada por Eduardo Pimentel foi feita por Ratinho Junior e selada numa reunião do governador com Bolsonaro em Brasília. Além do ex-presidente, o PL tem um polpudo fundo partidário e uma importante fatia do tempo de rádio e televisão. Mais que isso, o acerto freou as investidas de outros pré-candidatos para cima do PL do Capitão.
Agora, diante do recado de Bolsonaro, os estrategistas de Eduardo Pimentel temem que Bolsonaro possa pular a cerca para a pré-campanha da jornalista Cristina Graeml — do PMB.
Férias no zap — No meio disso tudo, Eduardo Pimentel observa a atuação dos seus padrinhos políticos. E o principal deles, o governador Ratinho Junior, vai tirar três semanas de férias e só retorna dia 17 julho, na véspera do inicio do prazo das convenções partidárias. Não é por acaso.
Até lá, as negociações políticas, envolvendo Eduardo Pimentel, devem dar uma esfriada, mas Ratinho, apesar das férias, estará online em contato direto com seus homens de confiança que vão lhe repassando a par e passo tudo que acontece nos bastidores da política — principalmente em Curitiba.