Na quinta-feira passada tocou o telefone do senador eleito Sergio Moro. Era o presidente da República Jair Bolsonaro. Os dois não se falavam diretamente há algum tempo.
Do outro lado da linha, Bolsonaro iniciava uma estratégia para tentar desestabilizar o o candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva durante o debate da Band, realizado na noite de ontem. O Capitão convidou Moro para acompanhar o debate de dentro do estúdio da Band.
Assim que recebeu o convite, Moro compartilhou com seus assessores mais próximos — o chamado núcleo duro — o primeiro suplente Luís Felipe Cunha, o advogado Gustavo Guedes e o marqueteiro Marcelo Cattani.
Com o OK de Moro, na sexta-feira desembarcaram em Curitiba o ministro das Comunicações de Bolsonaro, Fabio Faria, e o assessor Fabio Wajngarten. Os dois se encontraram com Sergio Moro no escritório no bairro Cabral.
Durante o encontro, os emissários de Bolsonaro colheram dados e informações sobre o processo de Lula na Lava-Jato para que Bolsonaro usasse no debate.
Não está descartada uma nova aparição de Moro, desta vez no debate da Rede Globo — que acontece no dia 28 de outubro, a dois dias do pleito.