O núcleo duro do ex-presidente Jair Bolsonaro cogitou filiar Michele Bolsonaro no PL do Paraná para que ela viesse a disputar a eleição suplementar ao Senado Federal, caso a Justiça Eleitoral declarasse a perda do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil). Para desespero do ex-deputado federal Paulo Martins — que aguarda decisão da Justiça Eleitoral para colocar o bloco na rua.
As equipes política e jurídica de Bolsonaro estavam monitorando processos contra senadores em três estados do país que poderiam resultar em eleição suplementar ao Senado: Paraná, Santa Catarina e Rondônia. Nos três estados, Bolsonaro venceu Lula com ampla vantagem na eleição de 2022.
Uma fonte próxima ao ex-presidente confirmou a estratégia, mas disse que, por ora, teria sido abortada. O projeto é lançar Michele Bolsonaro candidata ao Senado Federal em 2026 pelo Distrito Federal. Aliás, o projeto do Capitão é ousado para 2026.
O foco do ex-presidente em 2026 seria aumentar ainda mais o número de parlamentares da Direita no Senado — o que aumentaria as chances, por exemplo, de pautar e votar pedidos de impeachement de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).