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Por Carol Nery
O deputado federal Beto Richa (PSDB) solicitou, nesta quinta-feira (8), informações ao Governo Federal sobre os gastos despendidos com os reflexos da crise na Venezuela. O pedido foi feito à Casa Civil da Presidência da República. Membro titular do Parlamento do Mercosul (Parlasul), o parlamentar aponta que o Brasil abriga mais de meio milhão de venezuelanos em território nacional. Além disso, destaca que quase oito milhões de venezuelanos deixaram o país nos últimos anos, o que corresponde a um quarto da população total, estimada em 32 milhões de habitantes.
“No pedido, também pergunto quanto já foi gasto para dar abrigo aos venezuelanos e questiono se parte desse dinheiro foi remanejada de programas de governo para atender brasileiros”, afirmou Richa, em uma postagem sobre o requerimento encaminhado ao ministro Rui Costa, na tarde desta quinta.
Em 2018, o governo federal lançou a Operação Acolhida, para dar abrigo aos venezuelanos que ingressaram em território brasileiro em busca de refúgio. Richa revelou, ainda, que quer saber qual o montante que o governo federal tem gasto para dar apoio às embaixadas do Peru e da Argentina, cujos diplomatas foram “convidados” a se retirar da Venezuela e suas representações em Caracas estão agora sob a supervisão do Brasil.
O ex-governador do Paraná também cobra “uma posição clara” do presidente Lula a respeito dos mais recentes atos do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro e questiona ainda sobre as atas da eleição presidencial. Segundo Richa, Maduro vem, sob a escolta do Exército do país, tentando manter a governabilidade diante do caos que se instalou no território venezuelano.
“Lula precisa tomar uma posição clara. Quanto esta crise do país vizinho está custando para nós, brasileiros? Onde estão as atas da eleição presidencial? Seguindo a tradição de nossa diplomacia, obviamente que não iremos nos intrometer em assuntos internos de outro país. Mas precisamos ter uma posição firme. Afinal, o Brasil é um dos líderes do continente”, cobra Richa.
Por fim, o deputado cobra firmeza do Brasil em relação às eleições. “Apoiamos e acolhemos o povo amigo, mas nosso país não pode dar suporte a um regime ditatorial, que tem nos causado gastos e também colocado nosso país em situações de constrangimento internacional”.