Para surpresa de zero pessoas, o deputado federal Beto Preto comunicou nesta quinta-feira (1º) à imprensa a saída da disputa pela prefeitura de Apucarana. Nos bastidores, ninguém acreditava que a pré-candidatura dele era para valer. Não passava de uma estratégia política.
Beto Preto, na verdade, deixou a secretaria de Saúde no início de junho para tentar impulsionar eleitoralmente a pré-candidatura do primo Paulo Vital — que é o atual vice-prefeito e pretende disputar a eleição de outubro.
Dentro da estratégia pensada por Beto Preto, era fundamental a interferência do Palácio Iguaçu — mais precisamente do governador Ratinho Junior. O governo interviu. O Blog Politicamente mostrou que Rodolfo Mota, pré-candidato do União Brasil na disputa pela prefeitura de Apucarana e talvez o principal adversário na eleição, foi chamado para uma reunião com Ratinho. O governador propôs que Paulo Vital, o primo do Beto Preto, fosse o vice na chapa do União.
Rodolfo Mota ficou de pensar e nesta semana retornou ao Palácio Iguaçu com a resposta. Por conta da atribulada agenda de Ratinho, Rodolfo Mota conversou com Ortega, chefe da Casa Civil, e gentilmente declinou da proposta feita pelo governo. Ou seja, vai para o enfrentamento com o primo de Beto Preto — cada um numa trincheira.
O cenário se complica para Beto Preto — que tem em Apucarana seu reduto eleitoral. Com o fracasso na estratégia política, ontem o deputado federal anunciou o recuo. Obviamente que para a imprensa, Beto Preto não abriu a falha no planejamento e apresentou outras justificativas para largar a corrida eleitoral. Assim como não adiantou qual será seu posicionamento político na eleição que se avizinha.
Beto Preto afirmou que deixa a disputa em Apucarana para atender ao chamado de Ratinho para retornar à Secretaria da Saúde do Paraná. “Estamos dando um passo atrás a pedido do governador Ratinho”, declarou. Foi a saída honrosa encontrada.