O desembargador Gamaliel Seme Scaff do Tribunal de Justiça do Paraná remarcou para a manhã desta quinta-feira (27) a avaliação médica do ex-policial penal Jorge Guaranho no Instituto Médico Legal (IML). A perícia estava marcada para as 16h30 desta quarta-feira (26), mas foi desmarcada a pedido dos advogados de Guaranho.
A defesa do ex-policial penal solicitou uma nova data uma vez que havia “outros agendamentos médicos indispensáveis”, dentre eles, exames que necessitava a utilização de medicação para sedação. Em seguida, os advogados de Guaranho não só juntaram o comprovante do exame realizado nesta quarta como se prontificaram a levar o ex-policial penal ao IML às 8h30 desta quinta-feira.
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O resultado da nova avaliação médica vai determinar se Jorge Guaranho vai cumprir a pena de 20 anos em regime fechado ou em prisão domiciliar — por conta da situação médica do ex-policial penal. A defesa de Guaranho alega que ele necessita de cuidados médicos e que as unidades prisionais do Paraná não teriam condição de atendê-lo. Mas para o assistente de acusação, o advogado Daniel Godoy, o Complexo Médico Legal (CMP) poderia prestar atendimento a Guaranho.
O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado pelo Tribunal do Juri de Curitiba a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda. Logo após o crime, Guaranho ficou internado por meses, já que foi baleado durante a troca de tiros com Arruda. Quando teve alta hospitalar, Guaranho foi preso, mantido numa unidade prisional, mas depois foi mantido em prisão domiciliar.
Após o julgamento e a condenação de 20 anos, a defesa do ex-policial penal requereu novamente ao TJ parananese a prisão domiciliar — que foi concedida, ou mantida, pelo desembargador Gamaliel Seme Scaff. A decisão provocou reação imediata tanto dos familiares de Marcelo Arruda quanto de representantes do PT.
Diante do impasse sobre a situação médica de Jorge Guaranho, se ele teria condições ou não de cumprir a pena numa penitenciária, o magistrado determinou uma nova avaliação,
Gamaliel Seme Scaf pontuou ainda que o IML possui profissionais “de altíssimo nível cujo trabalho é dotado de fé pública, com a marca da imparcialidade, não devendo sofrer qualquer tipo de interferência de quem quer que seja no cumprimento de seus trabalhos, até porque de caráter técnico-científico” — norteados que estão pela isenção e não afetação por qualquer juízo de parcialidade.
