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Aprovação de Lula cai na região Sul, na contramão do país

Por Regis Rieger

A região Sul do país continua sendo um campo minado para o presidente Lula. Pesquisa Genial Quaest publicada nesta quarta-feira (10) mostra que a aprovação do governo petista caiu nos estados do sul em relação aos dados divulgados no mês de maio — na contramão do cenário nacional.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Se o Palácio da Alvorada comemorou os dados nas demais regiões pesquisadas pela Quest, no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul a preocupação continua. Sinal amarelo para o PT do Paraná a menos de três meses das eleições municipais de outubro.

Hoje, 29% dos entrevistados dos estados da região Sul consideram que a gestão é ótima ou boa — no estudo anterior eram 34%. A pesquisa mostra ainda que o número de sulistas que apontam a gestão de forma negativa, passou de 41% para 37%. Já os que entendem que o governo é regular saiu de 25% para 29%.

Na média nacional, a avaliação é positiva. Entre os 2 mil entrevistados, 36% consideram a gestão ótima ou boa. Em maio o índice era de 33%. Em todo o país, a aprovação de Lula é maior entre as mulheres.

Outra alteração que pode ser considerada positiva para o governo é a melhora na avaliação na comunidade evangélica — reduto político com predominância da Direita, capitaneada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A rejeição entre os evangélicos caiu e a aprovação aumentou chegando a 26%, a maior desde fevereiro deste ano.

Percepção dos brasileiros é que a economia melhorou

Em maio, 67% dos entrevistados diziam que o poder de compra havia diminuído, agora, são 63%. O sentimento de melhora, apesar de baixo, se reflete também na atenção dos brasileiros para os problemas econômicos. Há um ano, o tema era relevante para 31% dos brasileiros, agora, são 21%. Em contrapartida, problemas relacionados a violência e educação se tornaram mais relevantes.

Os dados econômicos trazidos na Quest significam que a estratégia de comunicação montada pelo Palácio do Planalto, e bem executada por Lula, surtiu efeito. Recentemente o presidente apostou em temas mais afetos à população brasileira, como a previsão do salário mínino de cerca de R$ 1,5 mil para 2025 e a isenção do imposto para carnes. Em bom português, falou o que os brasileiros queriam ouvir. Ou seja, se colocar em prática, o índice de aprovação pode subir.

A corrupção é outro tema que ganhou mais atenção da população. Em maio, 9% consideravam que o assunto era um problema do governo. Agora são 12%.

Metodologia: A pesquisa foi realizada entre os dias 05 e 08 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.

 

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