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O PDT do Paraná promoveu uma “vaquinha” para veicular na televisão seu programa partidário. O que era para ser uma exposição de ideias e conceitos do partido, acabou trazendo à tona uma guerra interna que pode resultar na saída do vice-presidente da executiva estadual, Ricardo Gomyde, da legenda.
O comercial é simples, com tela preta ao fundo, e traz três personagens: Desirée Salgado, que foi candidata ao Senado pelo PDT na eleição de 2022, o atual presidente da sigla no Paraná, o deputado estadual Goura, e o ex-prefeito de Curitiba e deputado federal Gustavo Fruet. Desirée, aliás, é quem mais aparece agindo e encerrando a propaganda partidária.
Nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, o vice-presidente do PDT Gomyde já esbravejava. Não só pelo fato de ter sido um dos colaboradores da “vaquinha” e ter ficado de fora da propaganda, mas também pela super exposição de Desirée.
Este “desentendimento” não é de agora. É preciso voltar no tempo, mais precisamente para o período pré-eleitoral, em 2022. Estava tudo acertado com a cúpula do PDT nacional que Gomyde era o candidato do partido para disputar a vaga ao Senado.
Mas Desirée acabou levando a melhor ao condicionar sua filiação ao PDT a candidatura ao Senado. O caso chegou ao cacique Carlos Lupi, que roeu a corda e acabou convencendo Gomyde a disputar o governo do Paraná.
A mudança provocou arroubos de Roberto Requião, que até então contava com os votos dos pedetistas para tentar chegar ao segundo turno contra o governador Ratinho Junior (PSD).
Conta uma boa fonte que após o comercial do PDT, Ricardo Gomyde está com um pé no PSB do vice-presidente da República Geraldo Alckmin. Reuniões internas no PDT estão marcadas para esta terça-feira, mas a decisão pela saída parece não ter volta.