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O União Brasil fez ontem (1º) a convenção que homologou o nome de Ney Leprevost como pré-candidato a prefeitura de Curitiba — tendo Rosangela Moro como vice. Em evento realizado na sede do partido, no bairro Campo Comprido, o União apresentou seus concorrentes ao Palácio 29 de Março e grande parte da chapa de vereadores que vai disputar as cadeiras da Câmara Municipal. Ney estará aliado aos nanicos Agir e DC (Democracia Cristã) na coligação.
A pré-campanha foi marcada por sucessivas investidas do Palácio Iguaçu e de interlocutores do governo de tirar Ney Leprevost da corrida eleitoral. Ele teve reuniões com João Carlos Ortega, chefe da Casa Civil, no Palácio Iguaçu, se encontrou com Giovani Gionédis no cada vez mais amplo escritório da rua David Carneiro, no bairro São Francisco — sem falar dos muitos encontros na 1ª secretária da Assembleia Legislativa, comandada por Alexandre Curi, e telefonemas e mais telefonemas. Toda uma estratégia para tentar sensibilizar Ney a deixar de disputar a prefeitura da capital — ele que pode ser o principal adversário da Centro Direita do candidato dos palácios.
Teve a possibilidade de indicar o irmão, Alexandre Leprevost, para a vice de Eduardo Pimentel. Depois veio a oferta para ocupar a poderosa 1ª secretaria da Alep, que dispõe de orçamento gordo e dezenas e dezenas de cargos de livre nomeação. Por fim, as duas possibilidades juntas. Em algumas das reuniões a tese de composição prosperou, em outras o afastamento era nítido. O governador Ratinho Junior chegou a embarcar para São Paulo para conversar com Antonio Rueda — presidente nacional do União Brasil.
Depois de muitas idas e vindas, o partido homologou a pré-candidatura de Ney Leprevost — que na última semana recebeu o apoio do senador Sergio Moro ao oficializar Rosangela como vice. Guto Araújo, marqueteiro contratado pelo partido, esteve no evento rodeado de cinegrafistas contratados para captar imagens da convenção que, certamente, serão usadas nos primeiros programas eleitorais — a partir de 30 de agosto.
Nem todos os deputados estaduais estiveram no evento, o que chamou a atenção de alguns olheiros que acompanhavam a votação. Dos oito da bancada do União na Alep, apenas Tito Barrichelo foi na convenção — sem falar, obviamente no próprio pré-candidato. Mauro Moraes, que tem a base de votação em Curitiba e ocupa a secretaria do Trabalho, foi uma das ausências sentidas.
A presença dos federais do partido foi um pouco maior. Dos quatro, dois subiram no palco e aclamaram Ney pré-candidato a prefeito em Curitiba. Felipe Francischini, que é o presidente estadual do partido, e o Delegado Matheus Layola — ambos com boa base eleitoral na capital do estado. O vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, gravou um vídeo exibido no telão.
Quem lembrou das investidas dos palácios 29 de Março e Iguaçu em cima de Ney Leprevost foi o senador Moro, durante o discurso — marcado, claro, pelo tema do combate à corrupção. “Tentaram tirar o Ney dessa disputa de todos os jeitos. Mas ele se manteve firme. O partido se manteve firme. Estão com medo, no fundo, da candidatura do Ney Leprevost porque é uma candidatura competitiva que pode transformar Curitiba para melhor”, avaliou.
A “surpresa” Rosangela Moro falou não ter medo de encarar a primeira eleição em Curitiba — já que em 2022 ela foi eleita deputada federal pelo estado de São Paulo. “A gente tem que pensar que tudo aquilo que foi feito de bom tem que ser mantido e que tem que melhorar, tem que ser melhorado”, defendeu. “Eu não tenho medo, eu sou com muito orgulho da República de Curitiba, aqui nasceu a Lava Jato, dentre tantas outras coisas, um símbolo que muito nos orgulha. Medo não pode nos impedir de poder contribuir por uma Curitiba melhor”, garantiu.
Ney Leprevost se colocou como Davi numa luta contra Golias. “Nós vamos enfrentar o poder econômico. Será uma luta de Davi contra Golias. Mas eu confio que, com as melhores propostas e com mulheres e homens de bem, vamos mostrar aos curitibanos quem é o mais preparado, o mais firme, o mais competente, o que tem mais coragem para enfrentar os desafios que a cidade tem pela frente. Eles podem vir como vierem. Eu não tenho medo de nada”, disse.