A Assembleia Legislativa do Paraná exonerou o ex-deputado Boca Aberta Jr do cargo em comissão que ele ocupava na liderança do PP. A demissão foi assinada pela Mesa Executiva um dia depois que veio à tona a notícia que ele virou réu num processo em que é acusado de praticar “rachadinha”. A publicação consta no Diário Oficial número 2.687 de ontem (24).
A denúncia proposta pelo Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) de Londrina acusa ainda os pais de Boca Aberta Jr: o ex-deputado federal Boca Aberta, e Marly de Fátima Ribeiro. A ação foi aceita pelo juiz da 3a Vara Criminal de Londrina, Juliano Nanuncio.
O MP acusa Boca Aberta Jr de exigir de três assessores o repasse de parte dos seus vencimentos sob pena de demissão. O MP sustenta que a parte do salário era devolvida por meio de entrega de dinheiro e pagamento de despesas do gabinete parlamentar. O dinheiro, ainda segundo os promotores, teria sido usado para financiar a confecção de camisetas para promoção da família Boca Aberta, para pagamento do IPTU do imóvel particular onde a família mora na cidade de Londrina e para a aquisição de itens básicos de consumo, tais como cestas básicas e caixas de leite para posterior distribuição à particulares.
Boca Aberta Jr assumiu o cargo em comissão na liderança do PP, depois que ele não conseguiu se reeleger. Mas diante da denúncia por rachadinha, ele foi comunicado da exoneração para evitar desgastes para a Assembleia Legislativa.