A vereadora de Curitiba, Maria Leticia Fagundes (PV), foi presa em flagrante na noite de sábado, por volta de 20h, por suspeita de embriaguez ao volante e desacato. Ela foi detida após se envolver num acidente na rua Augusto Stellfeld, no Centro da capital.
O veículo que ela conduzia bateu num carro que estava estacionado. A parlamentar, que teria saído de um show, ainda tentou fugir do local. Maria Letícia foi presa e encaminhada a Delegacia de Delito de Trânsito. No depoimento, a vereadora preferiu ficar em silêncio, mas assinou uma nota de culpa.
No boletim de ocorrência lavrado pela equipe da Polícia Militar que atendeu a ocorrência, os policiais relatam que receberam a informação que a vereadora Maria Letícia estava “completamente embriagada em um veiculo Corola Cross colidiu contra um veiculo estacionado. Porém, mulher sem condição de dirigir”. A parlamentar confirmou que era ela quem dirigia o carro.
“Vou chamar o Secretário de Segurança” — Enquanto os policiais faziam o boletim de ocorrência, Maria Letícia tentou ligar o carro e fugir do local, no entanto, como o eixo dianteiro do carro foi danificado, ela não conseguiu deixar o local. Os policiais então solicitaram a chave do carro, momento em que ela teria dito que não entregaria porque era “vereadora da cidade de Curitiba e que a equipe policial iria se ferrar”, citando que iria chamar o Secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira.
A vereadora, ainda segundo o BO, estava bastante agressiva e os policiais tiveram de conduzir ela para o camburão da viatura da PM. “Entretanto, a senhora Maria Letícia começou a chutar e dar socos no interior da viatura e a equipe visando não causar danos a integridade da conduzida e danos patrimoniais foi feito o uso da algemas”, diz um trecho do documento.
A vereadora se recusou a fazer o teste do bafômetro e, diante da suspeita de embriaguez, ela acabou recebendo voz de prisão. Os policiais relatam no BO que Maria Letícia apresentava sinais de embriagues (hálito etílico, olhos vermelhos, desordens nas vestes, agressividade, arrogância, exaltação, ironia, falante e andar cambaleante).
Uma mulher que estava com a vereadora no carro se apresentou como assessora parlamentar que, segundo a polícia, também estaria com “sintomas de embriaguez, com olhos vermelhos, hálito etílico, fala pastosa e nervosa”. A assessora teria pedido aos policiais para não prender a vereadora porque ela já havia trabalhado na Polícia Científica, “sendo respondida pela equipe no local que os policiais iriam cumprir o que diz lei”.
Manifestação — O Blog Politicamente entrou em contato com a vereadora Maria Letícia (PV) e com a advogada dela, mas ninguém atendeu aos telefonemas.
A Câmara Municipal de Curitiba emitiu uma nota sobre o caso envolvendo a parlamentar. Ressaltou que “o exercício do mandato parlamentar exige dos Vereadores uma conduta digna e responsável, com estrita obediência às normais legais e respeito aos princípios morais e éticos da sociedade”.
Cita ainda a nota que “todo e qualquer ato que ofenda a legislação, em especial aqueles que coloquem em risco a incolumidade pública, serão investigados e responsabilizados na forma do Regimento Interno, sem prejuízo da apuração nas demais instâncias competentes”. E que a Câmara “até o momento não recebeu nenhuma comunicação das autoridades e está à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários”.