Alvo de operação, empresa que gerencia loterias do Paraná é investigada pela CGE

Por Carol Nery

A notícia de que a empresa PayBrokers, que é responsável por gerenciar a Lottopar ,plataforma de apostas do Paraná, foi alvo da Operação Integration esta semana, acendeu um alerta no Palácio Iguaçu. Não só pela grande repercussão em todo o país, pela prisão de influenciadores digitais, mas por ter entre os alvos Edson Antônio Lenzi Filho, que assina contrato milionário com o Governo do Estado.

Por isso, o governo destacou a Controladoria-Geral do Estado (CGE), sob o comando de Letícia Ferreira, para apurar mais detalhes sobre o caso; e a Lottopar já solicitou esclarecimentos à empresa investigada, como informou o governo através de uma nota oficial. “A Polícia Civil do Paraná colaborou com a Polícia Civil de Pernambuco para o cumprimento das ordens judiciais. O inquérito é presidido por autoridades daquele estado. A Lottopar já pediu esclarecimentos para a PayBrokers e a Controladoria-Geral do Estado também está analisando o caso”, diz a nota. Em tempo, a Lottopar não é citada nas investigações que resultaram na operação.

Operação Integration liga alerta sobre gestora de plataforma de apostas do Paraná

A PayBrokers é gestora da plataforma de apostas do Paraná – Lottopar (Foto: Freepik)

A Operação Integration, que investiga jogos ilegais e lavagem de dinheiro, foi deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, mas teve reflexos no Paraná. Em cumprimento a um dos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em algumas cidades brasileiras, entre elas Curitiba e Cascavel, as autoridades chegaram até a empresa de meio de pagamento PayBrokers. Com ela, o governo do Paraná tem um contrato de R$ 167 milhões. A PayBrokers foi selecionada em uma licitação pública. O trato prevê que a empresa controle o serviço paranaense de loterias por 20 anos.

Os dois alvos da operação no Paraná são Edson Antônio Lenzi Filho, sócio da empresa PayBrokers, e Thiago Heitor Presser, ex-sócio. O primeiro não foi encontrado pela polícia. Ele stá numa viagem internacional. Já Presser foi preso na cidade de Cascavel. Lenzi Filho é quem assina os contratos com o governo do Estado.

Operação Integration: sócio da Paybrokers foi preso em Cascavel

A PayBrokers, conforme a polícia, atuava como meio de pagamento para os jogos ilegais, promovidos por outras plataformas. A empresa tem sede em Curitiba e teria recebido quase R$ 10 milhões. O ex-sócio da Paybrokers, Thiago Heitor Presser, foi preso em Cascavel, e com ele a polícia apreendeu cerca de R$ 70 mil em diferentes moedas. O sócio da Paybrokers, Edson Antônio Lenzi Filho, também foi alvo de mandado de prisão. No entanto, a polícia de Pernambuco não localizou o empresário e ele é considerado foragido.

A PayBrokers negou que haja envolvimento da companhia na prática de lavagem de dinheiro e atuação como meio de pagamento para jogos ilegais, em nota enviada ao Blog Politicamente, por meio da assessoria de imprensa.

“Ressaltamos que as informações veiculadas não procedem e que a PayBrokers nunca praticou nenhum ato criminoso”, diz a nota. A empresa também informou que está à disposição das autoridades para esclarecimentos.

“[…] ressaltamos que estamos colaborando com as investigações e que já disponibilizamos espontaneamente todos os documentos e informações solicitadas na operação”.

O Blog Politicamente tenta localizar as defesas de Presser e Lenzi Filho. O espaço segue aberto para manifestação.

 

Compartilhe nas redes