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Não está tão fácil como parecia. Apesar de ter o apoio público do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Ratinho Junior (PSD), o candidato ao senado Paulo Martins (PL) não tem encontrado um campo político tão favorável — apesar dos “padrinhos famosos”. Nas pesquisas ele ainda não decolou.
Esperava-se uma maior receptividade entre prefeitos, empresários e junto a cooperativas. Mas após um contato prévio, a resposta que se repete é: estamos com a Aline Sleutjes (PROS). Obviamente que o Palácio Iguaçu ainda não entrou em campo e a situação pode mudar. E era sabido que a candidatura de Aline poderia “roubar” votos da ala bolsonarista de Paulo Martins.
No QG de Paulo Martins a luz amarela acendeu diante de repetidas resistências.
Nos Campos Gerais, Aline Sleutjes mantém bons e firmes compromissos políticos — pautados no trabalho desenvolvido como deputada federal ao longo destes quatro anos — sempre colada ao presidente Bolsonaro. No agronegócio, a candidata do PROS tem tido boa aceitação. Em algumas cidades da região Oeste, emissários do Palácio Iguaçu deram com os burros n’água. Perderam a viagem.
A situação não é de toda ruim. Paulo Martins sabe que quando os padrinhos desembarcarem nas cidades, subirem nos palanques e discursarem ao seu favor, a tendência é de mudança na pesquisa eleitoral.
Resta saber se dará tempo. Porque até agora, Martins figura numa distante posição nas sondagens eleitorais, bem atrás de Alvaro Dias (Podemos) e Sergio Moro (União Brasil) — não necessariamente nesta ordem.