Ala do PL cogita retirar ação contra Sergio Moro no TRE

Uma ala do PL estaria disposta a retirar a ação que move no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) contra o senador Sergio Moro (União Brasil), que pode resultar na perda do mandato do ex-juiz federal.

Esta possibilidade de retirada da ação já foi debatida com o presidente da legenda Valdemar da Costa Neto e assunto chegou até o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas ainda não existe uma definição sobre o caso. A possibilidade, no entanto, existe. Mesmo se ela vingar, Moro ainda correria riscos de perder o mandato, já que o PT do Paraná entrou com ação muito semelhante na Corte Eleitoral do Paraná.

Logo depois da eleição para o Senado, o PL ingressou com uma ação questionando irregularidade nas contas de campanha de Sergio Moro — em especial, gastos feitos na pré-campanha, o que é vedado pela Lei Eleitoral. O senador paranaense nega qualquer ilicitude e acredita que a ação não vai prosperar no TRE.

O Blog Politicamente ouviu fontes do PL que explicaram o raciocínio que embasam a ideia de retirada da ação contra Moro. A primeira questão é que grande parte do “bolsonarismo” ajudou a eleger o ex-juiz federal para o Senado, Moro inclusive participou mais ativamente do 2° turno da eleição presencial, tendo ido até nos debates televisivos.

O outro fator é que as sondagens eleitorais, que monitoram o cenário eleitoral de 2026, apontam Moro bem quisto junto ao eleitorado paranaense. E esta ala do PL considera um erro político/estratégico do partido sair com a pecha de ter cassado o senador paranaense. “Qual seria a consequência disso eleitoralmente para o PL?”, questiona uma fonte da legenda. “Estaríamos indo contra o lavajatismo, que segue forte aí no Paraná e parte do bolsonarismo que eleger o Moro”, completa.

Enquanto o PL não decide se retira ou não a ação contra Moro, o processo segue tramitando no TRE paranaense e a tendência é que ele ganhe celeridade e fique maduro para ir a julgamento. Brasília só observa. A única certeza é que esta ação vai desaguar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Foto: Reprodução Redes Sociais

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