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Abstenção, nulos e brancos levariam a eleição em Londrina e ficariam em 2º lugar em Curitiba

Um exercício necessário aos analistas e marqueteiros políticos paranaenses é tentar entender o alto índice de abstenção e de votos nulos e brancos neste 2º turno em Curitiba, Ponta Grossa e Londrina. Para se ter uma ideia, se fosse uma legenda política, o Partido da Abstenção Nulos e Brancos (PANB) sairia vitorioso em Londrina e seria o segundo mais votado em Curitiba.

Foto: Divulgação TSE

Mais que isso. O encerramento da votação escancarou o processo de desgaste da classe política com os eleitores. Em Curitiba, a expressiva votação de Cristina Graeml (PMB) tanto no 1º quanto no 2º turno encobre o discurso anti-sistema até então inédito na capital do Paraná. O recado ecoou pelos corredores do Palácio Iguaçu e da Assembleia Legislativa que já absorveram o recado das urnas e prometem mudanças nas estratégias eleitorais para 2026.

As disputas mais acirradas, em especial em Curitiba e Londrina, passaram das propostas para o campo pessoal, o que poderia ser uma das justificativas à decepção dos moradores. Na capital, a disputa entre dois candidatos de Direita esfriou o interesse dos eleitores da esquerda que não se viam representados no 2º turno — o que também ajuda a explicar o desempenho do Partido da Abstenção Nulos e Brancos (PANB).

Em Londrina, o segundo maior município do Paraná, a soma de Abstenções, Brancos e Nulos chegou a 144.521 votos. O prefeito eleito Tiago Amaral (PSD) somou 143.745 votos, enquanto que sua adversária a professora Maria Teresa (PP) recebeu 111.464 votos.

Na capital, Eduardo Pimentel (PSD) foi eleito para suceder Rafael Greca (PSD) com 531.029 votos; abstenções, brancos e nulos chegaram a espantosos 502.439 e a novidade Cristina Graeml (PMB) teve 390.254 votos.

Já em Ponta Grossa, a prefeita eleita Elizabeth Schmidt (União) foi reeleita com 96.407 votos; Mabel Canto (PSDB) recebeu 83.064 votos, um pouco à frente de Abstenções, Brancos e Nulos que somaram a 79.992 votos.

Passada a ressaca eleitoral, marqueteiros políticos e analistas precisam se debruçar nestes dados para projetar 2026.

Redação:

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