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“Abin paralela”: operação da PF cumpre mandado em Curitiba

A operação Última Milha cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em cinco cidades (Foto: Divulgação/PF)

Por Karlos Kohlbach

A Polícia Federal está nas ruas de cinco cidades do país, entre elas Curitiba, para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão no âmbito da Operação Última Milha. Ela tem como objetivo desarticular uma organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Operação Última Milha cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em cinco cidades (Foto: Divulgação/PF)

 

Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. A ação dos federais acontece em quatro estados e no DF. Além de Brasília, os mandados são cumpridos em Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.

Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Conta uma boa fonte do Blog Politicamente, entre os alvos da PF estão ex-servidores cedidos para Abin e influenciadores digitais que trabalhavam no chamado “gabinete do ódio”.

Os alvos desta fase da “Ultima Milha” podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Primeira fase da operação foi em outubro de 2023

A primeira fase da Operação Última Milha foi deflagrada pela PF em outubro do ano passado. À época, a corporação informou que investigava o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial por servidores da própria Abin.

“De acordo com as investigações, o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, destacou a PF à época.

 

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