A cinco dias antes da noite de Natal, o papai Noel resolveu passar antes no edifício Lumière, no bairro Bigorrilho, e deixou um baita presente para o ex-governador Beto Richa. Uma decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), em que anula todos os atos praticados contra o tucano nas operações Rádio Patrulha, Piloto, Integração e Quadro Negro. E mais: determina o imediato trancamento das ações penais decorrentes destas investigações.
A defesa de Richa basicamente pediu a extensão da decisão do próprio Toffoli que, em agosto deste ano, declarou imprestáveis as provas obtidas a partir dos sistemas Drousys e My Web Day B, utilizados pela Odebrecht no chamado departamento de propina. Eles argumentam sobre “à atuação ilegal da Força Tarefa da Operação Lava Jato, em especial do Procurador Diogo Castor de Mattos, que atuou de forma parcial e em uma situação de impedimento; e da atuação ilícita do ex-Juiz Sérgio Moro que agiu de forma absolutamente parcial e ativa na condução dos processos da Operação Lava Jato.”
Na decisão, Toffoli reproduz mensagens interceptadas entre autoridades que foram obtidas mediante a Operação Spoofing, que, segundo o despacho, “comprovam uma atuação obsessiva daqueles agentes públicos visando a perseguição” ao ex-governador Beto Richa.
Decisão - Richa