Safra Vermelha: Ceasa é alvo de operação da Polícia Civil

Atualizado às 11h58

A Ceasa de Curitiba, no bairro Tatuquara, é alvo de mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos por policiais da Divisão Estadual de Combate à Corrupção, da Polícia Civil do Paraná, na manhã desta quinta-feira (17). Ao todo, estão sendo cumpridos oito mandados de busca.

A operação, batizada como Safra Vermelha, investiga uma possível fraude em licitação na Ceasa, realizada no ano de 2021. De acordo com uma fonte do Blog Politicamente, um empresário teria usado familiares e funcionários para participarem do certame, o que indica possível violação da competitividade da licitação, já que eles podem ter combinado os valores a serem ofertados.

A polícia apura ainda a utilização de empresa de fachada no esquema criminoso e se há eventual participação de funcionário público. Além do empresário, o servidor público da Ceasa também é alvo da operação policial. Além do Ceasa, estão sendo cumpridos mandados na residência dos envolvidos.

Os investigados podem ser indiciados pela prática de crime de fraude em licitação, associação criminosa e crime contra a ordem econômica. Se condenados podem pega até 15 anos de prisão.

Manifestação da Ceasa — Por meio de uma nota à imprensa, a Ceasa Curitiba informou que “a diretoria da empresa esclarece que fica à disposição da Polícia Civil do Paraná e que colabora com as investigações que estão sendo feitas sobre os processos de licitação de áreas no mercado atacadista”.

Informa ainda que “em setembro de 2021 foram realizadas licitações para 29 lotes na Ceasa Curitiba, e teve a participação de 311 interessados que apresentaram propostas para os boxes do comércio atacadista de hortigranjeiros e afins. Desse total foram arrematadas 26 lotes, sendo 36 boxes que resultaram no valor total de R$ 8.923.779,99 destinados para a administração da Ceasa Paraná”

Por fim, a Ceasa esclarece que sempre prezou pela transparência dos processos licitatórios, cuja sessão pública é filmada e transmitida ao vivo numa rede social da empresa.

 

Foto: Divulgação PCPR

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