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A sede do PL do Paraná, recentemente inaugurada, é muito bonita por fora. O partido agora está instalado num pequeno e novíssimo prédio comercial de cinco andares no bairro Juvevê, bairro nobre de Curitiba. Mas a beleza contrasta com a disputa interna ferrenha, um aguerrido cabo de guerra travado nos bastidores pela presidência estadual do partido.
Numa ponta da corda está o atual e histórico presidente, o deputado federal Fernando Giacobo, que tem o cacique nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto fazendo força para manter o PL com Giacobo. Na outra ponta, estão Filipe Barros, o deputado federal do partido mais votado no Paraná, e o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, fazendo força para o outro lado.
Por ora, nesta disputa, parece que Giacobo e Filipe Barros têm a mesma intensidade de força. E a física explica, que neste caso, elas se anulam e o partido está bem no meio desta guerra.
O clima é tão desfavorável na bela sede do partido, que Filipe Barros diz que sequer foi convidado para a inauguração. Logo ele que foi o deputado mais votado nas urnas do Paraná. “Giacobo não me convidou para a inauguração da sede do PL em Curitiba. Uma pena! Demonstra a incapacidade do Giacobo entender o novo momento que o PL vive desde a filiação de Jair Bolsonaro – com quem eu tenho uma trajetória política desde 2014. É mais uma prova de sua inaptidão em permanecer no comando do partido”, cutucou Filipe Barros numa mensagem encaminhada ao Blog Politicamente.
Giacobo retrucou, também através de uma mensagem ao Blog. “Pergunte também para ele (Filipe Barros) se a direção nacional do PL deu alguma esperança para ele ser presidente do PL estadual”, questionou. A disputa deste cabo de guerra, ao que parece, está apenas no espectro político. Mas fato é que um dos dois terá de recuar e abrir mão do comando do PL do Paraná. Ou, o partido ficará pequeno para os dois e, novamente recorrendo à física, os dois corpos não vão ocupar o mesmo espaço.
O clima não está nada bom entre eles. E nos próximos dias os ânimos devem se acirrar, já que estão previstas a montagem de diretórios municipais na região metropolitana de Curitiba. Enquanto Giacobo promete o partido para A, Filipe Barros se compromete com B. Vai sobrar para a direção nacional do PL em Brasília decidir entre A e B. Apesar da matemática e da física serem ciências exatas, Bolsonaro e Valdemar terão de recorrer às disciplinas da área de humanas para manter Giacobo e Filipe Barros no mesmo PL do Paraná. Haja diálogo.
A sede do PL em Curitiba está bonita por fora, mas por dentro a briga política tá feia. Vamos ver quem no final deste cabo de guerra vai levar a melhor.