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O líder da oposição na Assembleia Legislativa, Requião Filho, usou a tribuna para criticar, novamente, o governo Lula na questão envolvendo a venda de ações da Copel — e a consequente transformação da estatal em corporação. “O Governo Federal se faz de louco, cego e surdo quando o assunto é a venda da Copel”, disparou o filho do ex-governador Roberto Requião.
Requião Filho acredita que Lula teria plenas condições políticas de intervir e evitar a desestatização da companhia paranaense — seja através do BNDES, segundo maior acionista da Copel, atrás só do Governo do Paraná, seja através de uma canetada revogando o decreto baixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro que permitiu a privatização da Eletrobras. É justamente nesta brecha que a Copel caminha para virar uma corporação.
O petista citou a decisão dada ontem (7) pelo tio, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Paraná (TCE) Maurício Requião, em que suspendeu a venda de ações pela Copel e pelo governo paranaense — e também a manifestação do presidente da Corte, Fernando Guimarães, que anulou a decisão do tio.
O alvo, porém, não foi o TC, mas sim o Governo Lula. Ele subiu o tom contra a inércia do Governo Federal e questionou se os deputados do PT paranaense estão sendo feitos de bobos, antes de cobrar um posicionamento da União. “Como posso ser oposição ao governo Ratinho se o Governo Federal, que eu ajudei eleger, se cala? O governo (Federal) está acovardado em nome da governabilidade”, disse.
“De que adianta recorrer aos tribunais se os ministros do governo Lula fingem que nada acontece no Paraná? Somos Governo Federal ou não somos? Será que fomos usados e feitos de bobo aqui no Paraná? Precisamos exigir uma posição firme do governo e uma fala”, cobrou o petista, sob o olhar atento do presidente do PT do Paraná, deputado Arilson Chiorato — que comunga com alguns dos anseios de Requião Filho sobre a Copel.
O tom foi pesado, de cobrança do governo Lula, a ponto do deputado Alexandre Curi brincar com Requião Filho após o discurso. “Quero comunicar ao deputado Requião Filho que vários partidos já estão à sua procura”, numa referência a um possível desembarque do PT de Lula.