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O juiz Thiago Flôres Carvalho, da 2° Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, aceitou a denúncia criminal contra a secretaria de Educação de Guaratuba, Fernanda Estela Monteiro, e outras quatro pessoas, pela morte da DJ Laurize Oliveira e Ferreira, de 43 anos. Todos eles vão responder pelo crime de homicídio.
Este caso aconteceu em novembro de 2022 durante a Parada da Diversidade, em Curitiba. A DJ Laurize morreu após os fios de telefonia baterem no trio elétrico e ocasionarem a queda dela.
O Blog Politicamente teve acesso à decisão. O juiz entendeu que os trios que participaram da Parada da Diversidade pertenciam a empresa de Fernanda Estela Monteiro que, na verdade, forneceu os veículos para a empresa de Edson Borrin, que é tio de Fernanda, que assinou o contrato para a prestação de serviço.
O magistrado considerou que o trio elétrico excedeu a altura adequada para as vias públicas do bairro em que o evento foi realizado, além de que, os funcionários que estavam com a função de levantamento da fiação no dia do fato não tinham equipamentos de segurança para o exercício de suas funções.
Réu trabalha com deputado — Além de Fernanda Monteiro e Edson Artur Borrin, vão responder criminalmente Luis Alexandre Barbosa, que trabalha no gabinete do deputado Nelson Justus na Assembleia Legislativa, Sidnei José dos Santos e Makaiver Sabadin de Lara.
Luis Alexandre Barbosa e Sidnei José dos Santos teriam sido contratados sem qualquer vínculo empregatício e sem capacitação técnica, para manuseio de fiação ligada a postes de energia elétrica.
Já Makaiver Sabadin de Lara, dirigia o trio elétrico, e, segundo denúncia do Ministério Público do Paraná, ele teria assumido o risco de causar a morte da DJ uma vez que “conduziu o caminhão mesmo sem a visibilidade da fiação suspensa afixada nos postes de energia elétrica”.
Citação para defesa — O juiz determinou a citação dos réus para que apresentem num prazo de 10 dias resposta a acusação. E advertiu os advogados de defesa que na indicação de testemunhas só serão ouvidas àquelas que possam trazer relatos relevantes para o caso, e adiantou que vai indeferir testemunhas chamadas abonatórias — ou seja, aquelas que nada sabem sobre o fato e que são chamadas apenas para falar sobre a vida pregressa dos réus.
Outro lado — O Blog Politicamente entrou em contato com a Prefeitura de Guaratuba, no Litoral do Paraná, que informou que não vai se manifestar sobre o caso. Por enquanto, Fernanda Estela Monteiro, segue como secretária de Educação da cidade — apesar de estar respondendo pelo crime de homicídio.