Receba todas as notícias em tempo real no nosso grupo do whatsapp.
Basta clicar no link abaixo
A cassação do mandato do agora ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) mexeu no xadrez político da eleição de Curitiba em 2024, mas também nos planos do senador Sergio Moro (União Brasil).
O Blog Politicamente já mostrou que Moro pensa em disputar o Palácio Iguaçu em 2026 e apostava em Deltan nas eleições municipais do ano que vem para encurtar o caminho. O plano A foi por água abaixo, já que reverter a cessão de Deltan no Supremo Tribunal federal (STF) é praticamente uma missão impossível. Mas uma boa fonte conta que o senador já rascunha um plano B. E a resposta está dentro de casa.
Moro estaria pensando em lançar a mulher, Rosângela Moro, como candidata a prefeitura de Curitiba em 2024. Além de Moro, obviamente, ela contaria com o apoio irrestrito de Deltan Dallagnol e da turma lavajatista.
Há, talvez, um óbice. Rosângela Moro é deputada federal por São Paulo e para disputar o Palácio 20 de Março teria que mudar o domicílio eleitoral para Curitiba para disputar o pleito. Especialistas em Direito Eleitoral, consultados pelo Blog Politicamente, afirmam que esta mudança de domicílio poderia implicar na renúncia do mandato de deputada federal.
No entanto, há decisões recentes em casos semelhantes que não houve a necessidade de renúncia.
A decisão é difícil, já que teria que abrir mão de dois anos na Câmara Federal para se arriscar numa eleição municipal, por isso o nome de Rosângela Moro deve começar a figurar nas pesquisas eleitorais internas para avaliar a viabilidade política/eleitoral dela. A questão deve ser sempre precedida da informação que ela teria o apoio de Moro e Deltan — até para testar a capacidade de transferência de votos daqueles que comandaram que são os dois principais personagens da Lava Jato.
Moro, porém, agora tem como prioridade a defesa no processo que tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que, num eventual revés no julgamento, pode lhe custar o mandato de senador de Curitiba e deixá-lo inelegível por 8 anos. Duas ações do PL e PT, que agora passam a tramitar conjuntamente, acusam Moro de suposta prática de abuso de poder econômico, mau uso dos meios de comunicação e arrecadação e gastos eleitorais ilícitos nas eleições de 2022.